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Professoras dos CEIs decidem manter greve por tempo indeterminado em Londrina

13 mai 2025 às 21:27

Pelo menos 85% dos CEIs (Centros de Educação Infantil) em Londrina paralisaram as atividades nesta terça-feira (13). A greve foi aprovada em assembleia e, segundo o sindicato, deve permanecer ao longo da semana, até que o reajuste salarial dos professores seja concedido.

 

De acordo com André Cunha, presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores) na tarde desta terça-feira os grevistas conseguiram uma liminar que garante o direito de greve. “Esse documento determina que as instituições não podem coagir os professores a não realizar o movimento grevista e também que não pode ter o desconto dos dias parados. Essa liminar determina que 60% do serviço seja cumprido. A gente precisa entender como é que isso vai ser feito. Por isso o Sinpro solicitou uma audiência de conciliação, urgente, pra que fique estabelecido como isso será feito, sob pena de afetar o direito de greve”, explicou o presidente.

 

Em Londrina, existem dois tipos de instituições que atendem a rede municipal de ensino. Os CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e os CEIs, que são administrados por entidades filantrópicas e mantém um acordo de cooperação com a Prefeitura. Os professores que trabalham nos CMEIs são concursados e recebem R$ 4,8 mil. Segundo o sindicato, os professores das instituições filantrópicas ganham R$ 2.190.

 

O cálculo feito pelo Sinpro aponta um reajuste de 4.7% para este ano, levando em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e uma projeção de aumento para os próximos anos.

 

Ainda na manhã de terça-feira, o secretário de fazenda do município convocou uma coletiva de imprensa e disse não haver diálogo entre a prefeitura e os sindicatos. Segundo a prefeitura, o reajuste salarial de 4,7% aos professores dos CEIs não está previsto na lei orçamentária anual, e que seria necessário fazer um remanejamento dos investimentos de outros setores para suprir essa necessidade. O município informou que até o momento não recebeu nenhum documento formal do sindicato solicitando esse aumento.

 

Porém, a versão do município é contestada pela entidade, que afirma ter enviado um relatório de reajuste salarial para Secretaria de Educação e Gestão Pública no dia 5 de maio deste ano.

 

O sindicato convocou ainda uma manifestação em frente à Prefeitura para a manhã de quinta-feira (15).