Um terreno abandonado próximo à Avenida Piquiri, no Bairro Interlagos, tornou-se um lixão a céu aberto, onde são descartados lixo, animais mortos e entulhos queimados.
Valdir Renato, morador das proximidades, relata que sofre com problemas pulmonares agravados pela fumaça das queimadas no terreno: “Tive duas internações este ano; em uma delas, quase fui entubado. A casa precisa ficar fechada porque o pessoal coloca fogo lá embaixo e, se não estiver fechada, enche a casa de fumaça. Estamos até pensando em nos mudar daqui. Conversei com minha fisioterapeuta da Unioeste, e ela falou que realmente não posso viver em um lugar assim.”
A situação causa mau cheiro e insegurança, já que o local também é frequentado por usuários de drogas, segundo moradores.
Um morador, que preferiu não se identificar, disse que a fumaça atinge diversas casas e que tem medo de que sua residência seja incendiada em caso de vento forte. Além disso, afirmou que os moradores de rua da região são agressivos.
A vizinhança também teme o aumento de doenças como dengue e chikungunya, que já apresentam índices elevados na região.
De acordo com o último boletim epidemiológico, foram registrados 71 novos casos de dengue e 91 de chikungunya no município, que permanece em estado de alerta. As autoridades orientam a população a evitar locais que favoreçam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Um morador, revoltado, afirmou que a prefeitura cobra a colaboração dos moradores em campanhas contra a dengue, mas não fiscaliza a área, que se tornou um problema sem solução.
Outro ponto com problemas semelhantes fica na Rua Galileu, também na região Norte, próximo a um riacho. Moradores reclamam da falta de cuidado e do descarte irregular de lixo e entulho no local.