Um estudo da Sanepar aponta que o londrinense está
consumindo mais que o dobro da média de água por dia. Com o consumo de alto, a companhia
orienta que a população faça o uso consciente.
A Yolanda Gonçalves é um exemplo de sensatez nos gastos. Há
mais de 10 anos, a aposentada tem duas cisternas em casa. A água da chuva
captada nas calhas cai dentro dos reservatórios e é usada para lavar o quintal,
molhar as plantas e limpar a sujeira do cachorro. Além disso, Yolanda faz o uso
consciente de água dentro de casa e paga o mínimo de fatura. O cuidado também é
com a manutenção das cisternas para que não tenha criadouros do mosquito da
dengue. “Os agentes de endemias sempre me orientam a colocar água sanitária
dentro da água para eliminar os focos”, explica.
Porém, a Yolanda é uma exceção. De acordo com a Sanepar,
moradores de Londrina e região extrapolam a média diária de consumo por pessoa.
O normal seria em torno de 100 litros de água, mas o uso está mais do que o
dobro.
O consumo excessivo, aliado às altas temperaturas, tem
feito com que os reservatórios da Sanepar fiquem em níveis baixos e,
consequentemente tenham problema no abastecimento. Na sala de operações,
colaboradores da companhia avaliam 24 horas a situação nos reservatórios e
fazem as manobras para não prejudicar ainda mais o fornecimento.
A companhia tem realizado obras em Londrina e região com
novas adutoras para aumentar a capacidade de distribuição da água. A previsão é
que tudo seja finalizado em abril. Enquanto isso, a recomendação é que as
pessoas usem a água de forma consciente. “As pessoas que teriam um pico no consumo
de água até entre 7h e 8h da noite, tem mudados os hábitos e consumido até 11h30
da noite. Lembrar que a água é potável, para o consumo humano, então priorizar
para o consumo de alimentos e não para a limpeza”, disse Andrea Fontes, gestora
de Educação Socioambiental.