Em Londrina nesta sexta-feira (12), Beto Preto, Secretário de Saúde do Paraná, chamou a atenção para um aumento preocupante no acúmulo de casos de picadas de escorpião neste final de primavera e início de verão, um cenário que se mostra diferente dos anos anteriores.
Ao todo, foram registrados três óbitos por acidentes no estado neste ano, após um período de sete anos sem mortes no estado.
Os casos fatais e de acidentes se concentram no Norte Pioneiro e na região de Maringá. No entanto, o alerta se estende a toda a região mais quente do Paraná, que pode apresentar infestação de escorpiões.
O Secretário explicou que, devido à temperatura alta, os escorpiões saem à noite dos esconderijos, podendo se abrigar em calçados, frestas de muros, casas ou recipientes fechados, o que aumenta o risco de acidentes.
Diante do cenário, o estado ampliou a distribuição das doses do soro antiescorpiônico. A população deve buscar o socorro nos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Cia Tox), que estão ativos em quatro cidades: Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. O Secretário reforçou que a população precisa fazer vistoria no quintal, em frestas de muros e casas, e em todo lugar onde o escorpião possa se esconder.
VACINAS DA DENGUE EM JANEIRO
Sobre a dengue, Beto Preto destaca que a vacina, que estava prevista para o segundo semestre, agora deve ser disponibilizada em um quantitativo grande a partir de janeiro ou fevereiro, segundo anúncio da Ministra da Saúde, Nísia Trindade. A vacina do Butantan é considerada "muito boa" e de dose única.
Contudo, a autoridade sanitária alerta que a vacinação não elimina a necessidade de limpeza dos quintais. Isso porque o mosquito Aedes aegypti também é vetor da Zika e da Chikungunya. O Secretário chamou a atenção para o risco da proximidade com o Paraguai, que nos últimos dois anos registrou entre 120 mil a 130 mil casos de Chikungunya, o que aumenta o risco para o Paraná devido ao grande fluxo entre as regiões.