Os alimentos que terão tributos zerados são azeite (9%), milho (7,2%), óleo de girassol (até 9%), café (9%), carnes (até 10,8%), açúcar (até 14%), biscoitos (16,2%), sardinha (32%) e massas alimentícias como macarrão o macarrão (14,4%).
Segundo o presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, Devair Bortolato, a medida é pouco eficiente, pois, na maior parte desses produtos, o Brasil possui autossuficiência, ou seja, não são produtos que precisamos importar. Devair ainda argumenta que, se os impostos fossem reduzidos para os produtos nacionais, a medida seria mais eficaz, além de beneficiar o produtor local.
No entanto, Devair ponderou que o café, nesse caso, pode ter uma queda nos preços devido à medida, já que a alta das últimas semanas se deve a perdas nas lavouras por causa das secas, o que fez a produção de café cair quase 50%. Mesmo assim, ele ressalta que o produtor de café seria muito prejudicado por essa medida.
O deputado Pedro Lupion, líder da Frente Parlamentar Agropecuária, criticou as medidas anunciadas pelo governo federal que zeram as tarifas de importação de carne, café, açúcar, milho, azeite e outros itens, com o intuito de reduzir a inflação dos alimentos.
Segundo o deputado, a própria Frente Parlamentar Agropecuária apresentou um pacote com mais de 20 medidas para reduzir tarifas em toda a cadeia produtiva, proposta que não foi aceita pelo governo.
Pedro Lupion também afirmou que, em sua opinião, a decisão beneficia apenas um lado da cadeia produtiva e destacou que o produtor sempre paga a conta. Ele acredita que a safra vai se autorregular em dois meses, tempo que, segundo o deputado, será menor do que o necessário para que as medidas adotadas consigam diminuir o preço dos alimentos.