A cena, que antes era rara, tem se tornado cada vez mais comum em Cascavel: pessoas usando tornozeleira eletrônica envolvidas com o tráfico e consumo de drogas em plena luz do dia. Nossa equipe flagrou, diversas vezes, esse tipo de situação na Avenida Brasil, bem no centro da cidade.
O que antes era escondido, agora é escancarado. Em algumas imagens registradas, é possível ver grupos caminhando com o equipamento à mostra, mesmo com a vigilância eletrônica ativa. Segundo uma mulher que conversou com a reportagem, o dispositivo que ela utiliza estaria desligado há bastante tempo.
Fomos até a central de monitoramento da Polícia Penal para entender como o sistema funciona. Cada apenado com uso determinado pela Justiça está devidamente cadastrado. O sistema acompanha em tempo real os movimentos da pessoa 24 horas por dia. Caso haja violação das regras impostas, o alarme é acionado.
A tornozeleira, no entanto, não significa que o apenado esteja cometendo crime, ela pode ser utilizada por diversos motivos judiciais. Ainda assim, a reincidência preocupa.
A Polícia Penal também tem atuado com o módulo móvel, instalado em frente à Catedral de Cascavel. No local, equipes prestam orientação aos monitorados que descumpriram medidas judiciais e oferecem atendimento social para aqueles em situação de vulnerabilidade. O espaço tem como objetivo principal oferecer apoio e uma nova chance de recomeço.
Como o monitoramento é remoto e não presencial, a orientação é clara: se a população flagrar qualquer pessoa com tornozeleira cometendo crime, a recomendação é acionar a polícia imediatamente.