Há quase 20 anos, o terreno da zona leste, ao lado de um shopping, foi sonhado para ser um local de cultura e entretenimento: o Teatro Municipal de Londrina. O espaço daria palco para peças teatrais e apresentações de dança e música, mas, atualmente, quem ‘curte’ o local são usuários de droga e moradores de rua.
Em meados de 2007 foi elaborada uma comissão, para que fosse criado o projeto do teatro. Magali Kleber, diretora do Festival Internacional de Música de Londrina, fez parte deste grupo. Ela conta que um edital foi lançado para escolha do arquiteto responsável pela obra e que uma das exigências é que a chaminé fosse mantida.
As obras começaram em 2013 e foram interrompidas em 2014. O teatro teria mais de 22.000 m² e contaria com 2.400 lugares. Inicialmente, o custo total estimado era de 80 milhões de reais, mas somente 15 % do projeto foi executado e cerca de R$ 8 milhões e meio aplicados. “Era um projeto pensado para a cidade, para a comunidade e ele tinha vários espaços. Tinha salas para workshops. Tinha também jardins maravilhosos, que convidam a comunidade”, explicou Magali Kleber.
A expectativa era de que as obras fossem retomadas neste ano de 2024, mas não há nenhum projeto dos governos municipal, estadual ou federal para que o teatro receba verbas, já que não foi incluído nas emendas de bancada.
Em dezembro do ano passado, o deputado federal e líder da bancada do Paraná, Toninho Wandscheer divulgou um vídeo pedindo desculpas por esquecer de incluir a obra nas emendas, que seria de cerca de R$ 50 milhões.
Para Magali, é muito triste ver o teatro abandonado, mas ela prefere ser otimista e pensar que algum dia teremos este espaço cultural tão importante para a cidade de Londrina. “É um sonho que ainda está vivo, latente em mim. Sou uma pessoa otimista.”