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Teatro: Projeto coloca a acessibilidade como protagonista da cena

“Quando a Acessibilidade entra em Cena” se apresenta como uma vitrine das vias possíveis da arte para encontrar públicos diversos
28 mai 2025 às 12:17
Por: Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação

O palco para todos e a linguagem teatral expandindo horizontes. Diversidade de corpos, de modos de expressão, de comunicação e de temáticas em cena com uma aproximação junto à plateia que descobre com os artistas, novas possibilidades através da arte teatral. Um projeto que toma a boca de cena e coloca a acessibilidade como protagonista, partindo da prática para a discussão, com participantes de Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo. Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc através da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina e com o apoio do Sesc Cadeião Cultural, o projeto “Quando a Acessibilidade entra em Cena” se apresenta como uma vitrine das vias possíveis da arte para encontrar públicos diversos e chega para refletir coletivamente, por meio de espetáculo teatral que acontece amanhã (quinta, 29) e com reapresentação no sábado (31), às 15h, roda de conversa, palestra e workshop; as práticas de acessibilidades no ambiente artístico, especialmente o teatro. Isso tudo além de promover a formação de artistas, agentes culturais, educadores e pessoas interessadas nesse tema que vem ganhando cada vez mais espaço nos editais e entre os fazedores de cultura, com um conjunto de ações que integram os eixos de fruição e formação. 


A ideia parte das inquietações do diretor teatral Marcos Martins, que já trabalha no Projeto JAE como professor de teatro para pessoas com deficiências, há alguns anos. Dessa atividade nasceu o espetáculo “Conexão” que abre a programação do evento dividido entre maio e julho, no Sesc Cadeião Cultural, em Londrina. O Projeto JAE (Jovens Artistas Especiais) existe desde 2015 e desenvolve as modalidades de dança e teatro destinadas a pessoas com deficiências, em um desdobramento de atividades realizadas anteriormente pelo projeto GTPAE (grupo de teatro e dança) e na Escola Vagalume, que é considerada a primeira escola de Londrina a implementar a educação inclusiva. Coordenado por Débora Crusiol, junto com a sua mãe Maria Silvia Crusiol, atende adolescentes, jovens e adultos com deficiências, e os participantes já realizam anualmente apresentações de peças que misturam dança, teatro e música em teatros e eventos de Londrina. 


A montagem “Conexão”, em cartaz no Sesc Cadeião na quinta e no sábado (31), sempre às 15h, fala da vida e suas viagens, conexões, encontros, chegadas e partidas. Marcos Martins, o diretor do espetáculo, explica que a temática nasce da experimentação e da improvisação, envolvendo ideias e personagens criados pelos próprios atores. “São cenas curtas e que criam laços entre as diversas histórias do cotidiano e do imaginário dos atores.”, explica. “Procuro dar acolhimento para as ideias que eles trazem. Cada um tem uma ideia diferente do que é teatro e do que pode ser uma cena. As cenas são estruturas com espaço para improvisação, para que possam mudar, acrescentar, a cada apresentação. Então, o espetáculo é dinâmico, é espontâneo. Mas, sobretudo, o espetáculo se conecta com o que eles entendem por teatro. E o que eles mais gostam, que percebo, é de se divertir em cena e no encontro uns com os outros. Eu descobri que a maneira de fazer teatro, nesse contexto e com essa turma, é alimentando essa imaginação deles”, diz. 

Nessa primeira etapa do projeto, além das duas apresentações do espetáculo “Conexão”, acontece a Roda de Conversa “Expressões artísticas e acessibilidade: trajetória do projeto JAE”, com Débora Crusiol, no sábado (31) após a apresentação, às 16h. Professora de dança, com pós-graduação em Psicomotricidade e Dança Educacional, além de coordenar o Projeto JAE, ministra aulas de dança para pessoas cadeirantes. “A roda de conversa propõe o compartilhamento de experiências e da trajetória do Projeto JAE que há anos desenvolve atividades em Londrina. Esperamos poder trocar experiências e informações com artistas, estudantes, educadores e agentes culturais que já trabalham com esse público ou simplesmente se interessam pelo tema”, afirma Martins. 


Todas as atividades do projeto “Quando a Acessibilidade entra em Cena” são gratuitas e abertas a toda a comunidade e com classificação indicativa livre. Haverá tradução em Libras nas apresentações do espetáculo, na roda de conversa e na palestra programada para julho. O projeto também é parceiro da Campanha do Brinquedo do Sesc PR, que beneficia pessoas em situações vulneráveis, e sugere ao público a doação de brinquedos (novos ou usados que estejam em boas condições), em todas as atividades.

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Em julho, o projeto se desdobra em outras atividades, essas mais formativas. De 10 a 13, acontece o workshop “Libras em Cena”, com Thaís Pimpão (SP), que traz uma experiência de formação, direcionada para iniciantes em Libras, atuadores, artistas da cena, estudantes e educadores, que une Libras e teatro, tendo como foco a comunicação visual, alinhando texto e intenção, espaço e movimento, gestos e sinais, expressão facial e corporal para, assim, diminuir as fronteiras existentes entre a cultura surda e a cultura ouvinte. No dia 12, o projeto recebe Fabrício Moser (RJ) com a palestra “Diversidades, deficiências e capacitismos: mediação para uma cultura acessível”. Nela, ele fala sobre as expressões artísticas diversas, as experiências e práticas de acessibilidade e sobre as relações entre diversidades, deficiências e capacitismos. 


“Acredito que uma das coisas mais importantes do projeto é a visibilidade. Visibilidade de pessoas com deficiência no teatro, no palco. As atividades formativas também trazem a importância da comunicação e de como pensar ações efetivas para que a acessibilidade esteja presente nas nossas práticas e projetos”, completa o diretor. 

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