O próximo dia 15 de maio será marcado pelo julgamento de Bruna Monteiro e Ricardo dos Santos de Paula, acusados pela morte do empresário Adriano Aparecido Allio, em Londrina. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado dentro do carro, na Estrada da Água das Abóboras, zona norte da cidade, em outubro de 2023.
O advogado José Volpi, que representa o casal,
explicou que foi a própria defesa que solicitou que o caso fosse levado a
julgamento popular. "A defesa optou por desistir do recurso e deixar que
Bruna e Ricardo fossem a júri. Isso porque, no júri, vamos mostrar que eles são
inocentes", disse Volpi.
De acordo com a investigação, a motivação do crime
teria sido financeira, com a acusação de que Bruna teria exigido R$ 300 mil de
Adriano Allio. No entanto, a defesa contesta essa versão. Volpi afirma que o
suposto valor nunca existiu e que o que havia era apenas uma confissão de
dívida por parte do empresário, que envolvia a ex-esposa dele, e não Bruna.
"Esses 300 mil reais nunca existiram. O que
havia era uma confissão de dívida do Adriano com a ex-esposa, não com Bruna.
Ela não tinha nenhum direito financeiro sobre ele", afirmou o advogado,
refutando a principal linha de acusação.
Outro ponto defendido pela defesa é o registro de
localização do celular de Bruna, que, segundo Volpi, mostra que ela não estava
no local do crime nos dias 29 e 30 de outubro, quando o carro de Adriano foi
encontrado. O advogado destacou que as estações rádio-base, que registram a
localização do celular, provam que Bruna não esteve na região do crime.
"Essas estações rádio-base provam que Bruna não esteve no local do crime.
Essa é uma das principais evidências que demonstram a inocência dela",
afirmou.
A defesa do casal vai tentar desconstruir a
acusação, sugerindo que a investigação foi direcionada ao casal sem provas
concretas que ligassem Bruna e Ricardo à morte de Adriano. Agora, cabe ao
Tribunal do Júri decidir se os réus são culpados ou inocentes, após a análise
dos argumentos e evidências apresentadas durante o julgamento.