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UEL oferece curso de extensão para custodiadas na Cadeia Pública Feminina

01 dez 2023 às 14:05
Por: Assessoria de Imprensa
- Foto: Polícia Penal do Paraná

A Universidade Estadual de Londrina (UEL), em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR), realiza o curso de extensão "Ateliê das Histórias - Reinventando Contos e Tecendo Novas Histórias". O curso é dirigido a mulheres custodiadas na Cadeia Pública de Londrina e tem como objetivo explorar estereótipos de gênero a partir da contação e recriação de histórias como ferramenta para reflexão, discussão e empoderamento das mulheres. O intuito é contribuir para que elas sejam agentes de mudança em suas próprias vidas e na sociedade.


A ação integra o projeto de extensão "Violência de gênero e empoderamento de mulheres em desproteção social", apoiado pelo Programa Mulheres Paranaenses: empoderamento e liderança, do Governo do Estado do Paraná, por meio da Fundação Araucária.


No formato de curso semipresencial, as atividades iniciaram no mês de outubro e seguem até dezembro, com retorno em fevereiro do ano que vem. Os certificados, emitidos pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade, da UEL, poderão ser aproveitados pelas cursistas para remição de pena.


O diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Mauricio Ferracini, ressalta a importância em se ter, no estado, políticas dirigidas à mulher privada de liberdade: “Essas políticas devem passar por questões de trabalho e educacionais, focando no desenvolvimento de um tratamento penal mais humanizado”.


“Temos a oportunidade de receber o apoio de uma importante instituição de ensino superior como a UEL, o que mostra, certamente, um grande avanço nas nossas ações. Isso demonstra o tamanho do sistema paranaense”, finalizou.

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O projeto é coordenado pela professora doutora Silvana Mariano e conta com a participação de estudantes de graduação e de mestrado. 


“Nesse espaço de trocas, novos sentidos são criados e recriados sobre nossos padrões de sociabilidade e sobre as normas sociais baseadas em gênero, raça e classe, por exemplo. Construir pontes entre estudantes e populações socialmente estigmatizadas é um caminho promissor para uma sociedade mais justa, ética fundamental da extensão universitária”, disse a coordenadora.


Para a gestora da unidade prisional, Soraya Ursi, trazer a Universidade para dentro da Cadeia Pública traz novas oportunidades às custodiadas: “Amplia o leque de possibilidades para que as mulheres privadas de liberdade entendam o quanto os caminhos se abrem através da educação”.

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