É um trabalho minucioso para que o resultado da perícia fique o mais próximo possível do que aconteceu aqui na noite de 15 de junho. Este é o cruzamento entre a Avenida Piquiri e a rua Paraná, local em que há 11 dias, um acidente matou Fernando, de 9 anos, além de deixar outras pessoas feridas. A empresa fez hoje as últimas medições para a conclusão do laudo solicitado pelo advogado da família do menino. O drone faz o mapeamento para as coordenadas geográficas.
Os cones demarcam pontos importantes na dinâmica do acidente. Esse primeiro, por exemplo, é o ponto identificado como o único em que houve o acionamento do freio pela motorista, Márcia Pereira Sobrinho, antes de atingir o motociclista. Essa constatação foi possível por conta das imagens de câmeras de segurança que registaram a ocorrência. Os registros são partes relevantes nesse levantamento feito pela perícia.
Os dados coletados no local serão inseridos neste software que foi desenvolvido pelo departamento de defesa americano e que é licenciado para a empresa cascavelense. O resultado será uma simulação como essa, que mostra toda a dinâmica do acidente e oferece mais recursos para a investigação.
A reconstituição terá três pontos de vista: o aéreo com uma visão geral da ocorrência, a visão da motorista, a do motociclista e a das vítimas que estavam aqui, bem neste ponto, Fernando, a mãe dele e o amigo da família.
A perícia deve ser concluída até o início da próxima semana e é aguardada pelo advogado de defesa, Hélio Ideriha Jr, para ser juntada ai inquérito policial. A teoria do advogado é de que a motorista não acionou os freios depois da batida com o motociclista, o que pode ter resultado na morte do menino. O laudo de necropsia foi concluído pelo IML. Segundo o documento, Fernando teve múltiplas fraturas cranianas e escoriações por todo o corpo, típicas de impacto seguido de atrito com o solo em razão de arrasto.