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Violência contra a mulher cresce no Brasil e maioria dos casos acontece dentro de casa

31 jul 2025 às 12:35

A cada seis horas, uma mulher é assassinada no Brasil. E o dado mais alarmante: a maioria dessas mortes acontece dentro da própria casa. O agressor, quase sempre, é alguém próximo — parceiro ou ex-parceiro.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado recentemente, mostra que quatro mulheres são mortas por dia no país vítimas de feminicídio. A maior parte desses crimes ocorre em ambientes domésticos.


Nesta semana, um caso ganhou repercussão nacional: uma jovem foi brutalmente agredida com 60 socos pelo namorado dentro de um elevador, em Natal, no Rio Grande do Norte. A vítima sofreu ferimentos graves no rosto e precisará passar por cirurgias. O agressor foi preso.


Em Cascavel, a situação também preocupa. Em menos de 24 horas, quatro casos de violência contra a mulher foram registrados. Todos os suspeitos foram detidos pelas forças de segurança.

Apesar dos números crescentes, especialistas afirmam que isso também reflete um aumento na coragem das vítimas em denunciar os abusos. O silêncio está sendo rompido.


Para reforçar a proteção das mulheres, duas novas leis foram sancionadas neste ano pelo governo federal. A Lei nº 15.123 aumenta a punição para casos de violência psicológica praticados com o uso de inteligência artificial ou tecnologia. Já a Lei nº 15.125 altera a Lei Maria da Penha, permitindo o uso de tornozeleiras eletrônicas em agressores com medidas protetivas.


Além dos mecanismos legais, mulheres contam com apoio das forças de segurança, serviços públicos e da própria comunidade. Mas o passo mais importante é não se calar. Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo da violência.