O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, anunciou, neste sábado (7), a liberação de R$ 14 milhões para Londrina. Segundo ele, é referente a uma lei de contribuição de socorro aos prestadores de serviço do SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná, que está há 14 anos sem alteração nos valores da tabela.
“Nós tivemos a unanimidade de todos os deputados e criamos uma contribuição de socorro que vai acompanhar pagamento de insumos, de medicamentos, contratação de serviços, para que hospitais, clinicas, não fechem as portas. Nós já damos incentivo mês a mês, mas montamos essa estratégia de um valor significativo para que eles tenham mais oxigênio e continuem trabalhando até termos uma discussão sobre as tabelas do SUS que já não sustentam o sistema há algum tempo”, disse Beto Preto.
De acordo com o secretário, os hospitais públicos ficaram de fora da conta porque eles têm uma outra forma de sustento. “Aqui em Londrina vai para a Santa Casa, Evangélico e outros prestadores de serviços que temos contratado. Nós passamos o dinheiro ao município e eles vão repassar os recursos dentro das regras da lei”, afirmou.
Beto Preto foi eleito como deputado federal em 2022, mas deve seguir no cargo de secretário de Saúde no segundo mandato do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Segundo ele, será necessário trabalhar para diminuir os gargalos pós-pandemia. “São várias frentes que vamos ter que tomar como necessárias para o dia a dia. Acabar um pouco com a fila de espera também. A lógica do governo Ratinho Junior é regionalização, é aproximar a saúde de onde as pessoas moram. Não adianta sair daqui do Norte do Paraná para fazer uma cirurgia lá em Curitiba, tem que fazer aqui na região. É essa a nossa estratégia”, ressaltou.
Sobre a questão dos hospitais universitários paranaenses, Beto preto reforça que não serão prejudicados em sua autonomia e destinação de verba. “No final do ano tivemos um projeto aprovado na Assembleia Legislativa, e quero dizer que em nenhum momento houve qualquer termo na lei que pudesse afetar a autonomia universitária e o financiamento dos hospitais, muito menos privatização ou terceirização destes hospitais universitários no Paraná. Equivocadamente essa discussão foi levada para esse lado, mas não teve nada disso. Queremos sim um conselho com os hospitais e reitores das universidades para que a gente possa discutir os rumos da saúde pública”, disse.
Sobre a mudança de governo federal, o secretário diz que está otimista com a ministra da Saúde recém-nomeada. “Temos a oportunidade de contar, agora, com a ministra da Saúde, que era da Fiocruz, que teve papel fundamental na pandemia, conseguiu manter uma fábrica de vacinas e nos ajudou muito no Paraná. Eu tenho bastante confiança nela, mas não adianta se não tiver dinheiro, porque é investimento nas pessoas”.