A defesa das clínicas psiquiátricas de Londrina e Vila Normanda voltou a rebater as acusações do Ministério Público. Foram duas denúncias em uma semana, com suposto envolvimento de quase quarenta pessoas.
A defesa apresentou uma série de documentos para contestar as acusações do MP. De acordo com o advogado Valter Bittar, o próprio promotor Paulo Tavares foi comunicado dos pacientes que ficaram nas clínicas após a alta. Para o Ministério Público o caso é de cárcere privado. Os pacientes em alta não eram liberados para que as clínicas supostamente recebessem mais dinheiro do SUS. Na última sexta-feira a promotoria fez a segunda denúncia da Operação Hipócrates à justiça. 37 pessoas foram acusadas de vários crimes como maus tratos a pacientes, lesão corporal, falsidade ideológica e estupro.
Os diretores das clínicas psiquiátrica de Londrina e Villa Normanda Paulo Nicolau e Mara Silvestre foram apontados como cabeças de uma organização criminosa, e foram afastados em fevereiro. A defesa entrou pela segunda vez com um pedido de habeas corpus para que os diretores voltem a assumir os cargos. A primeira petição foi negada e os dois seguem afastados das clínicas. A defesa ainda alegou que o MP já entrou anteriormente com uma ação parecida em 2010, e em 2015 as clínicas foram absolvidas. Valter Bittar contestou crimes gravíssimos que compõem denúncia como a de uma interna que teria sido estuprada.
Reportagem: Heloísa Pedrosa.