Ciência e saúde

Com aumento de casos, HU trabalha acima da capacidade máxima de atendimentos

01 fev 2022 às 20:13

Nas últimas duas semanas, o Hospital Universitário de Londrina reativou 40 leitos de enfermaria Covid-19 para pacientes adultos. Agora são 91 vagas e todas já estão preenchidas, fazendo com que o setor trabalhe acima da capacidade máxima de atendimento.

Nessa terça-feira (1), o percentual de ocupação era de 105%. Pacientes com Covid-19 precisaram ser acomodados em outros setores. Por enquanto, o número de leitos deve permanecer o mesmo, sem previsão de novas reativações ou de ampliação.

“Caso haja mudança no perfil e uma necessidade de reativação de leitos de UTI, nós possamos transformar leitos de enfermaria em terapia intensiva, mas nesse momento, 100% do nosso parque estrutural está otimizado para o atendimento da pandemia e da rede de urgência e emergência”, disse a superintendente do HU, Vivian Feijó.

Além do aumento do número de casos, o hospital tem acompanhado um aumento na demanda por outros tipos de doenças e também por acidentes. No último final de semana, o pronto socorro chegou a atender 100 pessoas na unidade quando a capacidade de atendimento é de 48.

O hospital tem usado os leitos de UTI Covid para atender pacientes com outras patologias. Segundo a direção do HU, a taxa de ocupação é de 89% e restam apenas três leitos.

“Nós estamos vendo que os outros hospitais também estão lotados. E até para que eu possa dar retaguarda para os outros hospitais, como Santa Casa e Evangélico no atendimento da Covid-19, faz-se necessário que haja um desvio de pacientes clínicos e cirúrgicos para a Santa Casa e o Evangélico para que eu tenha uma folga e possa receber os doentes de covid”, afirmou a superintendente.

Outra preocupação é com as gestantes que recebem o diagnósticos em outros hospitais e maternidades e são encaminhadas para o HU, referência no atendimento à gravidez de alto risco.

Quando a gestante chega ao HU com diagnóstico positivo para Covid-19 necessita de um quarto onde possa ficar isolada com um familiar e o bebê depois do parto. Em razão dos riscos de contaminação, o centro cirúrgico tem que ficar interditado. Isso acaba afetando o funcionamento das outras áreas centro cirúrgicas e o atendimento às outras gestantes.