O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, usou as redes sociais na noite de quarta-feira (22) para cobrar o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela liberação da vacina contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Na última coletiva de imprensa, ele já afirmou que a cidade tem a intenção de iniciar a vacinação antes do retorno às aulas em fevereiro.
“Alô ministro da Saúde Marcelo Queiroga!!!! O Senhor é médico também, e dos bons. Não se deixe envolver por questões políticas ou ideológicas. Vacina SALVA VIDAS, e o Sr. sabe muito bem disso... vamos vacinar nossas crianças o mais rápido possível. Faça o que é correto...”, escreveu o prefeito, que também é médico, pelo Twitter.
A vacinação de crianças foi alvo de muitas polêmicas por conta de ameaças que os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sofreram após a autorização que contempla o grupo de 5 a 11 anos com doses da vacina da Pfizer. Os ataques estão sendo investigados pelas autoridades. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a apresentar discursos antivacinas, contrariando as recomendações e estudos científicos sobre a eficácia da vacinação.
“É muito triste ver que parte das pessoas acreditam mais em fake news criadas por políticos e suas ideologias do que na ciência e na medicina. Triste demais... A palavra que melhor define esses políticos criadores de fake news é SEM ESCRÚPULOS”, disparou Belinati pelo Twitter nesta quinta-feira (23).
CONSULTA
O Ministério da Saúde abriu nesta quinta a consulta pública que coletará manifestações da sociedade civil sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos. A vacina da Pfizer para essa faixa etária foi autorizada recentemente pela Anvisa. A consulta pública fica aberta até o dia 2 de janeiro de 2022.
No último dia 18, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão do governo sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência e consulta públicas. Em conversa com jornalistas, Queiroga disse que a autorização da Anvisa não é decisão suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.
As contribuições devem ser enviadas por meio do endereço eletrônico https://www.gov.br/saude/pt-br. No site do Ministério da Saúde estão disponíveis os documentos sobre a consulta pública, conforme o Diário Oficial dessa quarta-feira.