Ciência e saúde

Disparada de casos de Covid-19 gera alerta de 4ª onda de infecções

24 mai 2022 às 13:56

Depois de quase três meses de estabilidade, a disparada no número de casos da Covid-19 levantou o questionamento sobre uma possível quarta onda de infecções na região. Na Argentina, a ministra da saúde, Carla Vizzotti, chegou a afirmar, na semana passada, que o país já vive esse momento. Especialistas fazem o alerta para que a população mantenha os cuidados e assim, evite momentos turbulentos, como os vividos em 2021.

A queda das temperaturas e o aumento de casos de síndromes respiratórias está levando grande parte da população às UBSs e UPAs de Londrina. Na manhã desta terça-feira (24), por exemplo, a UPA Sabará apresentou lotação, apesar de não ser mais considerada unidade referência para esses casos. A Prefeitura garantiu que vem mantendo sete médicos plantonistas simultaneamente por lá.

O prefeito Marcelo Belinati afirmou nesta segunda-feira (23) que deve realizar uma reunião nos próximos dias para definir ações para conter os números da covid. A cidade passou de quase 200 casos no final de abril, contabilizados pela Secretaria de Saúde, para quase 900 agora no final de maio.

O médico sanitarista Gilberto Martin recomenda que as unidades de saúde só sejam buscadas se os quadros apresentarem progressão. "Se possível, evite procurar atendimento em casos de sintomas leves, porque você pode estar com um resfriado comum e ser contaminado por covid na busca do atendimento. Se tiver progressão, tem que ir", disse o médico.

Como diferenciar um resfriado de uma gripe? E gripe de covid? Segundo o especialista, os sintomas são parecidos no início da manifestação clínica, mas depois tem suas especificidades. "No caso da covid, a gente pode ter o aumento da falta de ar. Eventualmente a pessoa pode ter a perda do olfato. No caso das doenças respiratórias, elas vão apresentar um quadro respiratório mais leve. No caso das doenças respiratórias, o quadro é mais voltado para o aparelho respiratório, então falta de ar pode estar presente, tosse, mas a febre, a dor no corpo, pode estar em todos esses casos", explicou Martin.

O médico ainda salientou que a vacinação tem suma importância na contensão dos casos, além do uso de máscaras e álcool em gel. "Infelizmente a gente ainda tem muita gente que ainda não se vacinou, e quem não completou o esquema de vacinas é um poço de reprodução de vírus e de variantes do vírus, por isso que a gente insiste que as pessoas se vacinem", completou.