Ciência e saúde

Empresa responsável pela escala médica do PAI notifica prefeitura por condições precárias

31 mai 2022 às 08:16

Responsável por  preencher a escala médica e acelerar os atendimentos do Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Londrina, a empresa Avive Gestão de Serviços Médicos divulgou uma nota alegando que solicitou ao Fundo Municipal de Saúde do município a adequação da unidade. Eles ressaltam que pediram a melhoria das estruturas e da gestão distante da rejeição dos médicos em atuar no local.

Segundo a nota, a empresa deu um prazo de 48 horas para a solução de problemas na unidade sob pena de rescisão unilateral do contrato, dentre eles: triagem inadequada; Falta de Segurança e condições de trabalho, Falta de Produtividade de profissionais concursados; Falta de Pediatras nas UBS dos Bairros; Demora no atendimento por parte da equipe de regulagem do SAMU; Ausência de sistema eletrônico de prontuários, Dificuldade de conseguir encaminhando de casos graves junto à regulação do SAMU, Faltas de Vagas, entre outros.

Ainda de acordo com a empresa, “é de conhecimento público que o Brasil todo está com alta demanda de atendimento pediátrico para síndromes gripais, em Londrina o caso se agrava pois há falta destes profissionais também nas Unidades Básicas de Saúde, quando eram para atuar 25 profissionais, há apenas 12 – por parte do Município de Londrina. A consequência disso é a sobrecarga no PAI, gerando condições precárias de atendimento e trabalho”, disse.

O secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, reforçou que a empresa não cumpriu o contrato na integralidade. “Nós abrimos um processo de penalidade, e quem faz a gestão e condução disso é a Secretaria de Gestão Pública. Cabe a nós, enquanto contratante, informar isso à secretária, que o contrato não está sendo cumprido na integralidade”, afirmou.

Ainda segundo Machado, a empresa não conseguiu oferecer o que foi solicitado. Há duas semanas, a empresa foi notificada por ter preenchido apenas 40 horas, das 1920 acordadas em licitação. “Cumpriram, mas não a integralidade. Nós temos lá um contrato que são 1.920 horas mensais, entretanto, eles não têm conseguido ofertar o que solicitamos”, disse.

O secretário afirmou que o problema da pediatria não é o PAI. “O PAI é a solução. Eu desafio outro lugar de Londrina que tenha sete médicos atendendo, mas um lugar só não vai dar conta da demanda. É muito cômodo falar somente do PAI. Acaba gerando transtorno e afastando profissionais da unidade”, reforçou.