Gestantes e mães atendidas na Maternidade Municipal de Londrina reclamam do encaminhamento forçado a outros hospitais. A unidade estaria apontando complicações nas pacientes e afirmando que tais tipos de atendimentos precisariam ser feitos no Hospital Universitário (HU), por exemplo.
No HU, profissionais confirmam a sobrecarga no setor. A demanda teria aumentado mais de 50% nos últimos meses. Por lá, o pronto-socorro obstétrico tem apenas seis vagas e no último sábado, havia 27 pacientes.
“O que nos preocupa é a falta de critério desses atendimentos, o que acaba congestionando o pronto-socorro, com pacientes que poderiam ser atendidos em outros locais”, disse a coordenadora do setor, Camila Helen de Oliveira.
A paciente Larissa Proença fez o pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e, a partir da 39ª semana de gestação, foi transferida para a Maternidade Municipal. Tudo estava indo bem, segundo ela, mas ao entrar na 41ª semana, foi encaminhada ao HU. “Foi acusado que eu sou obesa e com risco", contou.
Larissa foi recebida no pronto-socorro obstétrico e, quatro dias depois, o Benicio nasceu. "Eu não tive absolutamente nada”, afirmou.
Mesmo com a superlotação, Oliveira garante que ninguém fica sem atendimento. “A gente acaba fazendo remanejamentos de profissionais para atender a demanda. Também vemos a ordem de risco da paciente e atendimento por prioridade”, completou a coordenadora.