O atendimento para pacientes do Hospital do Câncer de Londrina pode sofrer com os reflexos da falta de medicamentos distribuídos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
Nesta semana, o Instituto paralisou por tempo indeterminado a produção de radiofármacos e radioisótopos usados para o tratamento de câncer no Brasil, devido a falta do repasse de verbas pelo Governo Federal. O Ipen é responsável pelo fornecimento de 25 tipos de radiofármacos aos laboratórios e hospitais de todo o brasil.
De acordo com a direção do Hospital do Câncer de Londrina, dois desses medicamentos são utilizados na unidade e o estoque só deve durar até esta sexta-feira (24).
Cerca de 600 pacientes utilizam um deste medicamentos para tratamento pós cirúrgico de câncer de tireoide.
“A falta deste insumos impacta em três setores: o cirúrgico, o diagnóstico e o tratamento. Na cirurgia é possível utilizar outros insumos, mas quando se fala do diagnóstico e do tratamento não temos um plano B que possa substituir estes insumos”, informou Edmilson Garcia, diretor do Hospital do Câncer.
O Ipen pediu um aporte de R$89 milhões para produzir os medicamentos. A solução seria a curto prazo e o valor é suficiente apenas para uma pequena produção.
“Para segunda-feira não temos mais insumos, dependemos deste aporte ser definido para que o insumo chegue ao hospital”, afirmou Garcia.