A família de uma idosa de 73 anos, que morreu no último domingo (29), cobra uma resposta da prefeitura quanto à demora no atendimento da ambulância do Samu.
A espera pelo serviço chegou a 5h.
A mulher era uma das pioneiras da Apae em Londrina.
Dona Elizabeth Teresinha era psicopedagoga e, durante muito tempo, cuidou de crianças especiais na Apae. Ela sofria com Alzheimer.
A dor da perda vem acompanhada de indignação. Dona Elizabeth passou mal na última quinta-feira (26). O filho, Beto Ávila, ligou para o Samu e aguardou por aproximadamente 5h por uma ambulância.
Com a demora, ele decidiu contratar um serviço particular que custou R$900. O atendimento foi realizado em dez minutos, mas o estado de saúde de dona Elizabeth já havia piorado.
Ela foi encaminhada para a Santa Casa, mas acabou morrendo três dias depois.
“No que eles colocaram a minha mãe na ambulância, ela teve uma parada cardíaca. Os socorristas conseguiram levá-la com vida, ao hospital, mas ela não resistiu” conta Beto Ávila.
O caso de dona Elizabeth não é um fato isolado. Apesar do município demonstrar investimentos na estrutura de Saúde, com a reforma de unidades e na contratação de agentes e médicos, a população reclama que, na prática, o atendimento nos serviços de urgência está muito precário.
Um exemplo desse problema está nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde é grande a quantidade de reclamações pela demora. Pacientes chegam a passar o dia, ou uma noite inteira, para concluir uma consulta simples.
Mesmo os idosos, que tem prioridade de atendimento, enfrentam a demora.
Há uma semana, um homem de 22 anos morreu enquanto aguardava atendimento na UPA do Jardim do Sol.
Ele já havia buscado a unidade no domingo, recebeu alta e foi para casa no mesmo dia.
Depois, ele retornou com problemas respiratórios e não resistiu.
No caso da dona Elizabeth, o filho procurou a Ouvidoria do Município e aguarda uma resposta.
Ele cobra ações práticas de gestores e políticos, para que façam melhorias que resolvam, de fato, o problema que atinge a população e que depende da saúde pública.
A Secretaria de Saúde recebeu a reclamação, através da Ouvidoria, e está fazendo o levantamento das informações para analisar o caso.
A resposta será encaminhada para a pessoa que registrou a denúncia.