Uma manifestação, neste sábado (04), alertava contra a mudança na gestão nos hospitais da Zona Norte e Zona Sul, em Londrina. O protesto, que ocorreu de forma pacífica, foi em frente às duas unidades.
Atualmente, a gestão é feita pelo Cismepar, mas com a mudança passaria para as mãos da Funeas, Fundação Estatal de Atenção em Saúde, ligada à secretaria estadual de saúde. A alteração na gestão está prevista para outubro.
“A mudança de gestão pode tirar o direito de acesso à população à saúde. Falam muito que vai melhorar, que pode-se ter uma gestão melhor dos recursos, mas na verdade, para quem acompanha os debates, isso não é verdade. Eles vão retirar direitos da população. Vamos ter menos serviço nos dois hospitais”, explicou o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Laurito Lira.
O protesto foi um dos temas abordados pelo Grito dos Excluídos, que tradicionalmente ocorre em 7 de Setembro. Segundo o movimento, por causa da pandemia, esse ano o evento foi descentralizado. A manifestação foi organizada pelo Coletivo de Sindicatos e pelo Conselho Municipal de Saúde.
Os hospitais da Zona Norte e da Zona Sul são referência para os municípios da 17ª regional de saúde, que possui uma população de quase 1 milhão de habitantes.
Os representantes do movimento alegam que a nova gestão não deixa claro como será o atendimento à população e que a mudança vai dificultar o acesso à saúde, implicar na demissão de servidores, além de abrir caminho para a privatização.
“Como a Funeas é deliberativa e autônoma, ela tem um Conselho Curador com 10 membros. Seis fazem parte da gestão”, comentou o conselheiro Estadual de Saúde, Eliel Santos.