Por decisão da 9ª Vara do Trabalho de Curitiba, todos os bens materiais e imateriais do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, da Fepar (Faculdade Evangélica do Paraná) e do Evangélico Saúde serão penhorados. A avaliação dos bens será feita pelo leiloeiro público Helcio Kronberg, com vasta experiência em pregões judiciais.
Segundo Kronberg, existe um compromisso com o juízo para tudo ser avaliado até o início de março. “Primeiro vou acompanhar os oficiais de Justiça na penhora, no levantamento dos bens que existem, aí então vou atribuir os valores. Ainda não tenho noção de quantos são e de quanto valem”, disse.
O leiloeiro ainda não recebeu ordem do juízo e não sabe se a venda será global ou separada, mas a tendência é que tudo seja leiloado de forma conjunta. “O objetivo da Justiça é tentar atingir o maior valor e trazer o menor dano possível às pessoas e aos envolvidos”, avaliou Kronberg. Desta forma, tanto hospital quanto faculdade teriam seus funcionamentos mantidos, apenas com mudança de propriedade.
Sob intervenção judicial desde dezembro de 2014 devido ao acumulo de dívidas trabalhistas, hospital e faculdade tentaram estancar a sangria nos últimos anos, mas somente a dívida do hospital crescia em média R$ 3 milhões ao mês – hoje está na casa dos R$ 400 milhões.
Ainda não há previsão para o leilão, caso ele de fato aconteça. Em caso positivo, parte do dinheiro será usado para quitar débitos trabalhistas e eventuais multas aplicadas às instituições. A proprietária e mantenedora do hospital e da faculdade – até a intervenção judicial – era a SEB (Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba), que chegou a ser formada por 13 igrejas, mas hoje tem apenas a Presbiteriana e a Luterana.
O Metro Jornal procurou o presidente da SEB, mas ele não atendeu às ligações. Um integrante da instituição declarou que a SEB “não concorda e não está satisfeita” com a decisão.
Redação Paraná Portal com Brunno Brugnolo | Metro Jornal Curitiba