O Laboratório de Análises Clínicas (LAC) do Hospital Universitário (HU/UEL) é o segundo laboratório público do Paraná que mais realizou testes para a Covid-19, desde o início da pandemia do novo Coronavírus, em março de 2020. Ao todo foram realizados 156.706 testes, considerando pacientes confirmados, segundo o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL). Os dados foram divulgados no Informe Epidemiológico da Covid-19 do Governo do Paraná, na última segunda-feira (21). Considerando instituições públicas e particulares, o LAC ficou na quinta posição em todo o estado.
O LAC foi pioneiro na realização de testes do novo Coronavírus no interior, reconhecido como unidade integrante do sistema GAL, em maio de 2020, capacitado para realizar os testes RT-PCR (Reverse Transcriptase Poluymerase Chain Reaction), considerado o “Padrão Ouro” no diagnóstico do Coronavírus. Em março de 2020, no início da pandemia, a UEL foi uma das instituições que solicitou a descentralização dos exames, com o objetivo de agilizar o diagnóstico da doença visando a administração de leitos hospitalares. A partir desta autorização a Universidade formalizou convênio com a Prefeitura de Londrina para aquisição dos reagentes necessários para os exames.
Segundo o chefe da divisão de Análises Clínicas do HU, professor José Wander Breganó, os exames PCR são realizados pelo Setor de Diagnóstico Molecular do LAC, aproveitando a expertise da unidade, que há mais de 15 anos realiza testes de carga viral de AIDS, hepatites e citomegalovírus. Ele explica que antes da descentralização, os resultados demoravam de quatro a sete dias. Hoje as amostras que chegam ao laboratório até as 11 horas têm os resultados liberados no dia, geralmente até as 20 horas.
“Isso permite a administração de leitos nas unidades e a diminuição do absenteísmo de servidores da área da saúde”, complementa o professor. Segundo ele, os testes de PCR são realizados por professores plantonistas dos setores de Diagnóstico Molecular e Imunologia. De acordo com Wander, inicialmente o Lacen trabalhou com capacidade técnica de 200 amostras/dia. Ele informa que o pico de exames chegou a 400 amostras/dia, em janeiro passado, quando o país voltou a assistir a explosão de casos da doença, em virtude da nova variante ômicron. Para se ter uma dimensão do volume, no ano passado foram realizados mais de 1,85 milhão de exames, considerando todas as especialidades.
O professor observa ainda que, com a realização dos testes de PCR no LAC nos últimos dois anos, não houve a interrupção na doação de órgãos humanos em Londrina. Os exames foram feitos em possíveis doadores de córnea e de múltiplos órgãos, mantendo o fluxo de doações na Central de Órgãos que atende a região norte do estado.
No ano passado o LAC recebeu o Certificado de Proficiência em Ensaios Laboratoriais emitido pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), ferramenta de controle de qualidade que afere o desempenho analítico para os processos de acreditações laboratoriais. Segundo a SBPC, o ensaio de proficiência serve para demonstrar a confiabilidade dos resultados analíticos, além de identificar falhas e possibilitar a tomada de ações corretivas ou preventivas.
(Assessoria do HU/UEL)