Os casos confirmados de dengue aumentaram 10% em uma semana em Londrina. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo o levantamento, os números saltaram de 1461 confirmações para 1616 essa semana. Isso coloca o município como o líder do ranking de casos no estado do Paraná.
A cidade continua com cinco mortes por complicações da dengue. Maior número no estado desde o início do ano. Dos 18 óbitos confirmados pela doença, 27% foram registrados no município.
A grande parte dos casos é autóctone, ou seja, as pessoas contraíram a doença na cidade. São 1520. Mais de 2550 casos são investigados e aguardam resultados de exames.
Para tentar frear o avanço da doença, o município intensificou a aplicação do fumacê, inseticida que age contra o mosquito adulto que transmite a doença, o Aedes aegypti. Desde o dia 23 de março, os caminhões estão percorrendo as ruas onde há maior índice de infestação. A aplicação dos cinco ciclos de inseticida chegou a 25 bairros, sendo 10 da zona leste, seis da região central e nove da zona sul.
“Esse é um trabalho que depende da colaboração da comunidade. Os focos estão dentro das casas e cada londrinense precisa agir para eliminá-lo. Sem essa união de forças, teremos cada vez mais casos de dengue ou outras doenças que o Aedes pode transmitir”, frisou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Na Regional de Saúde
Na área da 17ª Regional de Saúde outras cidades também apresentaram alta expressiva de casos em uma semana, como Cambé, Ibiporã e Rolândia.
Em Cambé, por exemplo, em uma semana, houve aumento de 9% nas confirmações de dengue, passando de 104 para 114 casos. A cidade já registra duas mortes.
Em Rolândia o aumento foi ainda maior, com 31% de acréscimo no número de casos. Eram 170 confirmações na última semana. Nesta, são 224.
Segundo o boletim epidemiológico, em Ibiporã, mesmo com menor concentração de casos, os números quase dobraram de uma semana pra outra. Passando de 19 para 36 confirmações de dengue.