Nesta segunda-feira (30), às 9h, o prefeito Marcelo Belinati receberá, em seu gabinete, a visita da presidente da Organização Viver, Maria Aparecida Marques Lima. A atividade dará início aos trabalhos da Campanha Setembro Dourado, que prevê a conscientização acerca do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infantil é a principal causa de morte em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, no Brasil, sendo os tipos mais frequentes a leucemia, tumores no Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas.
Para abordar esse assunto e alertar os pais, profissionais da saúde, educadores e a sociedade em geral sobre a importância do diagnóstico precoce, assim como os primeiros sinais e sintomas dessa doença, a Prefeitura de Londrina instituiu a Campanha Setembro Dourado, no Calendário Oficial de Comemorações do Município, em setembro de 2019. Como parte das atividades, os representantes da Organização Viver e os servidores municipais farão a intensificação da divulgação da campanha, incluindo a iluminação dos espaços públicos com a cor dourada e a capacitação dos profissionais de saúde, para o atendimento correto nos casos de suspeitas ou confirmados para a doença, que derem entrada na rede municipal de saúde, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
A intenção é conscientizar e capacitar também os educadores das escolas públicas e particulares de Londrina, para que eles também saibam observar os sintomas característicos do câncer nos alunos. “Queremos levar esse assunto até as unidades de saúde, às escolas públicas e privadas e aos diversos espaços de poder, porque o diagnóstico precoce salva vidas. Hoje, o percentual de cura entre as crianças e adolescentes com câncer infantojuvenil gira em torno de 64%, mas a meta é alcançarmos 80%. Vemos que o Brasil ainda está um pouco atrasado nessa questão, se comparado a outros países, por isso pretendemos reforçar a campanha, até tornarmos ela tão conhecida quanto o Outubro Rosa, por exemplo”, explicou a presidente da Organização Viver, Maria Aparecida Marques Lima.
O câncer infantojuvenil apresenta sintomas semelhantes aos de outras doenças comuns na infância, o que dificulta seu diagnóstico precoce. São comuns, por exemplo, o surgimento de hematomas, sangramentos, caroços e inchaço sem dor, ou dores nos membros ou ossos sem a existência de trauma ou infecção, assim como tontura, cansaço, suor noturno, dor de cabeça, tosse persistente e falta de ar. “Temos uma criança assistida que apresentou um caroço no pescoço e quando foi ao médico, ele acreditou ser uma picada de inseto. Há outro caso de um assistido, que tinha dor na perna e o profissional da saúde achou que era devido ao crescimento. Mas, em ambas as situações, na verdade era câncer infantil. Vemos que o câncer tem sintomas parecidos com os de outras doenças e, quando os médicos diagnosticam, o câncer já está muito avançado e a criança acaba tendo um tratamento mais dolorido ou não aguentando, por isso é tão importante a conscientização”, completou a presidente da Organização Viver.
Atualmente, a entidade recebe repasses do Fundo Municipal de Assistência Social de Londrina, anualmente, quando apresenta projetos para o acolhimento, amparo e apoio a crianças e adolescentes com câncer, e suas famílias. Mensalmente, a organização não governamental presta assistência a 222 crianças e adolescentes, assim como seus familiares, dispondo de serviços de alimentação; hospedagem; atendimento odontológico, nutricional, psicológico; e atividades de recreação, entre outros. Além dos repasses públicos, a Organização Viver realiza projetos e ações solidárias, durante o ano inteiro, para arrecadar recursos financeiros.