Após não receber resposta favorável para reajuste na renovação de contrato, o Hospital Evangélico de Londrina pediu descredenciamento para partos de alto risco pelo SUS, alegando prejuízos nos repasses para custeio dos procedimentos realizados no hospital filantrópico.
No entanto, o secretário de Saúde, Felippe Machado, afirmou que o pedido ainda será analisado pelo Município e, por enquanto, o local segue com atendimento normal no setor de gestação para esse tipo de atendimento.
“Para atender o pedido precisamos ter um cenário em que seja possível fazer o remanejamento para uma unidade especializada, neste caso o Hospital Universitário”, explicou.
Machado ainda ressaltou que existe um alta demanda de atendimento no Hospital Evangélico, que segue habilitado para os partos de alto risco. Ele lembrou que há transmites burocráticos para o descredenciamento, mas não estipulou um prazo de resposta.
Em nota, a unidade informou que houve diversas tratativas de renovação do serviço. Afirmou que o contrato era vigente desde 2015, sem nenhum reajuste, "apesar do aumento de custos e da demanda".
De acordo com o texto, o contrato apresenta um déficit de R$2 milhões por mês para a unidade e, com o objetivo de "minimizar o impacto para a população", foi solicitado o descredenciamento, "uma vez que existe no munícipio instituições que realizam o mesmo serviço".
Ainda segundo a nota, a 17ª Regional de Saúde e o Município foram notificados com antecedência sobre a inviabilidade da manutenção do serviço para que "houvesse tempo hábil para que os envolvidos realizassem as mudanças cabíveis".