Ciência e saúde

Londrina intensifica ações sobre vacinação contra poliomielite

07 nov 2022 às 19:23

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento no último domingo (6) pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite. Segundo dados do ministério, a campanha de vacinação que ocorreu em agosto e setembro deste ano vacinou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de zero a cinco anos, e em Londrina não foi diferente. A meta é imunizar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país.


“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo”, disse Queiroga.


A baixa cobertura vacinal é resultado de múltiplos fatores como a disseminação de fake news sobre os imunizantes, o que levou muitas famílias a deixarem de procurar as unidades de saúde, situação que teve reflexos na região de Londrina. Na última campanha de vacinação, apenas seis de 21 municípios da 17ª Regional de Saúde alcançaram a meta de vacinação: Alvorada do Sul, Sertanópolis, Miraselva, Lupionópolis, Pitangueiras e Prado Ferreira.


Londrina se empenhou no objetivo de atingir 95% do público alvo imunizado contra a poliomielite, ampliando a oferta de horários para imunização nas unidades básicas de saúde, realizando ações nos shoppings, centros municipais de educação infantil e escolas privadas, mas só conseguiu vacinar 58,3% das crianças.


O foco da Secretaria Municipal de Saúde deve se voltar para o convencimento das famílias por meio de campanhas publicitárias, que deverão ser veiculadas principalmente nas redes sociais.


“As nossas equipes estão avaliando se há alguma outra medida de convencimento e conscientização através de campanhas publicitárias para conseguir atingir esses 40% das crianças, em especial seus responsáveis, que não buscaram a vacinação durante a campanha. Quanto mais lúdica e de fácil entendimento, a adesão é maior. E temos que avaliar que muitos que não vacinaram os filhos são de uma geração que não conviveu com a doença e não sabe os malefícios”, explicou o secretário de Saúde Felippe Machado.


A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.