O número de doação de órgãos em hospitais das universidades estaduais do Paraná cresceu 90% em 2022, em comparação ao ano anterior. Só no Hospital Universitário de Londrina (HU) foram 41 captações.
Além do acompanhamento pela Comissão de Doações dos próprios hospitais, equipes da Central de Transplantes fazem uma ronda constante para verificar possíveis doadores.
"Estamos mantendo a média de captação nos últimos anos, mas queremos aumentar”, disse a enfermeira do HU de Londrina Daniela Bertolino.
Logo após a captação vem o transporte, que pode ser realizado por aeronaves do governo ou particulares, já que as empresas aéreas possuem um acordo para realizar esse trabalho que é fundamental para agilizar o processo.
“Tem órgãos que tem um tempo de vida fora do corpo para ser transplantado. O coração e o pulmão são quatro horas, por exemplo”, explicou Bertolino.
A tendência de crescimento no número de transplantes já é percebida também em 2023. O mês de janeiro ainda não terminou e oito protocolos de captação de órgãos já foram realizados no HU de Londrina, sendo que quatro foram concluídos, dois foram contraindicados e outros dois tiveram recusa da família.
“Hoje as doações são feitas com o consentimento da família. A gente nunca quer conversar sobre morte, mas isso auxilia quando a família foi abordada”, lembrou a enfermeira.
O Brasil tem o segundo maior programa público de transplantes do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Um paciente pode doar o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado, além de tecidos como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões.