Um motorista de aplicativo de Londrina espera há mais de sete meses por uma cirurgia para a retirada de uma hérnia na região da barriga. O problema seria a falta de uma tela dupla face no Hospital Universitário, necessária para o procedimento. A família está revoltada com a demora e já procurou até o Ministério Público.
Há aproximadamente 10 anos Evandro Picoli descobriu uma pancreatite. No entanto, no ano passado, o problema que estava sendo tratado piorou e ele precisou ser hospitalizado.
Foram três meses na UTI e Evandro passou por uma infecção generalizada. Ele conseguiu se recuperar, foi um vencedor e em agosto do ano passado recebeu alta, porém, em dezembro começou a desenvolver uma hérnia na barriga e há quase um ano, vive uma luta dentro de casa aguardando pela cirurgia.
“Eu tossia muito e forçava o local da cirurgia e começou a se formar a hérnia. A cada dia ela está aumentando”, afirma o motorista. O custo com os medicamentos que ele necessita é de aproximadamente R$ 900 ao mês.
“Eu disse que venderíamos o carro para comprar a tela, mas a ouvidoria disse que o material não poderia entrar no HU, mas peço pelo amor de Deus para que a gente consiga a tela”, diz a esposa, Márcia Picoli.
O Hospital Universitário enviou uma nota sobre o caso. O texto confirma que o material médico hospitalar não está disponível para o uso nos pacientes do Sistema Único de Saúde e que o HU está realizando todos os esforços para a finalização do processo de compra para que o paciente seja convocado para a cirurgia.
A nota reforça também que o paciente segue em acompanhamento ambulatorial, conforme consultas efetivadas no ambulatório de especialidades assistido pelas especialidades de endocrinologia, cirurgia do aparelho digestivo, dentre outras, referentes ao seu quadro de saúde.
O texto finaliza afirmando que a direção do HU é solidária com a angústia da espera e não está medindo esforços para o cumprimento da aquisição deste material médico hospitalar específico, para o atendimento da necessidade do paciente.