Na manhã desta segunda-feira (30), o prefeito Marcelo Belinati recebeu a visita da presidente da Organização Não Governamental (ONG) Viver, Maria Aparecida Marques Lima, e representantes da instituição, que atuam no apoio aos pacientes e familiares de pacientes com câncer. A ação deu início à Campanha Setembro Dourado, que pretende levar informação e conscientização acerca do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infantil é a principal causa de morte em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, no Brasil, sendo os tipos mais frequentes a leucemia, tumores no Sistema Nervoso Central e os linfomas. Para abordar esse assunto e alertar os pais, profissionais da saúde, educadores e a sociedade em geral sobre a importância do diagnóstico precoce, assim como os primeiros sinais e sintomas dessa doença, a Prefeitura de Londrina instituiu a Campanha Setembro Dourado, no Calendário Oficial de Comemorações do Município, em setembro de 2019.
Como parte das atividades, os representantes da ONG Viver e os servidores municipais farão a divulgação da campanha, incluindo a iluminação dos espaços públicos com a cor dourada. Entre eles serão iluminados pela Sercomtel Iluminação, a partir dessa semana, o viaduto da Avenida Dez de Dezembro; o Monumento O Passageiro (próximo à Rodoviária); a Concha Acústica (no Centro); a cascatinha do Igapó (abaixo da Avenida Higienópolis); a Praça da Garça (no final da Avenida Maringá) e o Monumento Bíblico (próximo ao Lago Igapó I).
O prefeito Marcelo Belinati sugeriu também que os profissionais da ONG Viver orientem os professores e profissionais da rede municipal de ensino, para que eles tenham informações sobre a doença e possam repassar os alunos, pais e responsáveis. “A grande dificuldade nesta área é a falta de informação. As pessoas, inclusive os profissionais de saúde, muitas vezes, deixam de pensar na possibilidade de uma criança ter câncer e isso acontece com muita frequência. Essa campanha – estimulada pela Organização Viver em parceria com a Prefeitura de Londrina – vai deixar a cidade muito bonita, com a cor dourada, buscando que as pessoas fiquem atentas aos sinais e sintomas, como uma dor ou mancha no corpo ou olho opaco na hora de tirar a foto. São pequenos sinais que podem indicar a doença e quanto antes se faz o diagnóstico, maior é a possibilidade de ter a cura e a melhora da criança”, disse o prefeito.
O objetivo do Setembro Dourado é conscientizar a população, incluindo os educadores das escolas públicas e particulares e os profissionais da saúde, para que eles também saibam observar os sintomas característicos do câncer nas crianças e adolescentes. Entre os sintomas mais comuns estão hematomas, sangramentos, caroços e inchaço sem dor, ou dores nos membros ou ossos sem a existência de trauma ou infecção, assim como tontura, cansaço, suor noturno, dor de cabeça, tosse persistente e falta de ar. “É neste mês que conscientizamos as pessoas que estão ao lado das crianças, como os pais, tios, avós, professores e amigos, para a importância do diagnóstico precoce, porque ele salva vidas e dá mais chances de cura à criança, além de ela ter um tratamento menos doloroso. Precisamos estar atentos aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, porque eles são muito parecidos com os sinais de doenças comuns na infância, como dor no corpo, manchas e inchaço, por isso a campanha é tão importante”, explicou a presidente da ONG Viver.
De acordo com dados da Organização Viver, atualmente, no Brasil, o percentual de cura entre as crianças e adolescentes com câncer infantojuvenil gira em torno de 64%, mas a meta é alcançar, pelo menos, 80% de curados. Na Região Metropolitana de Londrina, o Hospital do Câncer (HC) é referência no atendimento à saúde para pacientes com câncer. Já a Organização Viver atende 222 famílias de pacientes que recebem assistência à saúde no HC.
Para isso, ela recebe repasses do Fundo Municipal de Assistência Social de Londrina, que ajudam nas ações de acolhimento, amparo e apoio a crianças e adolescentes com câncer, e suas famílias. Ela dispõe de serviços de alimentação; hospedagem; atendimento odontológico, nutricional, psicológico; e atividades de recreação, entre outros. Além dos repasses públicos, a Organização Viver realiza projetos e ações solidárias, durante o ano inteiro, para arrecadar recursos financeiros.
Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Jacqueline Micali, a organização civil tem um papel importante no apoio e auxílio dos pacientes em tratamento e seus familiares, mas também para a sociedade como um todo. “O impacto social da Organização Viver na vida das pessoas é enorme. Eu, como professora de empreendedorismo, em uma escola particular de Londrina, já levei os alunos para conhecerem a Organização e da visita dois estudantes decidiram cursar Medicina. Hoje, um deles já está na faculdade, em São Paulo. Os representantes da Organização estão convidados para visitarem os 28 serviços de convivência que temos na Secretaria de Assistência e orientarem as crianças, os adolescentes e os profissionais da assistência”, disse Micali.