A secretaria de Gestão Pública garantiu, em entrevista a TV Tarobá, que a contratação de leitos no Hospital do Coração é regular. De acordo com o secretário de Gestão Pública, “o município se antecipou a fazer a compra e não aguardou para quando da necessidade para fazer a requisição administrativa porque esses leitos não existiriam, eles só passaram a existir a partir do momento que o munícipio fez a compra. E também porque se trata de uma doença altamente contagiosa.”
Segundo levantamento, até o fim de 2020 a Prefeitura já tinha gasto cerca de R$15,5 milhões com a contratação dos leitos e cerca de 650 pacientes já passaram por estes leitos.
A investigação
O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar eventuais irregularidades num contrato entre a Prefeitura de Londrina e o Hospital do Coração, onde foram contratados 50 leitos para pacientes com Covid-19.
O contrato foi feito em maio de 2020, com dispensa de licitação. Na época a Prefeitura anunciou que o investimento total seria de R$5 milhões para o contrato inicial de 60 dias.
O Observatório de Gestão Pública constatou a existência de indícios de ilicitudes no contrato, por isso remeteu a documentação ao Ministério Público.
A promotoria abriu o procedimento investigativo para apurar eventuais atos de improbidade administrativa praticados pelo Prefeito Municipal, Marcelo Belinati, e outros, em favor do Hospital do Coração de Londrina.
O MP também encaminhou a documentação para a Procuradoria Geral da República, considerando que a fonte dos recursos utilizada para realização dos pagamentos do contrato é de origem federal.
O Hospital do Coração garantiu que a atual administração não tem ciência de qualquer irregularidade e afirmou que colaborará com quaisquer informações e documentos que sejam necessários para esclarecer fatos.