A primeira morte no Brasil por varíola dos macacos aumentou um alerta para a doença que já é tratada como um surto pelo Ministério da Saúde. Nas ruas de Londrina muita gente relata sentir medo diante da falta de conhecimento das principais características do vírus.
São 1.066 casos no Brasil e o primeiro óbito é de um homem de 41 anos, de Uberlândia, Minas Gerais, que tinha comodidades.
“É o primeiro paciente fora do continente africano e que veio a morrer no Brasil. Aquele sinal de luz amarela que estava aceso, começa a piscar e chama a atenção da probabilidade de ter um sinal vermelho”, ressalta o médico sanitarista, Gilberto Martin.
O Paraná é o quarto estado em número de infectados, com 21 pessoas contaminadas. Londrina teve um caso suspeito, com laudo inconclusivo.
A principal forma de transmissão é o contato próximo com as lesões na pele da pessoa infectada, saliva ou objetos recém-contaminados como roupas e toalhas. E quanto maior o contato e a intensidade, maior o risco de contágio, inclusive nas relações sexuais.
“A orientação é lavar as mãos, passar álcool gel. Se você encosta a mão em um local que entrou em contato com a pessoa contaminada e depois coloca a mão na boca, você pode se contaminar com o vírus. É preciso avaliar o contato com outras pessoas, saber se vieram de regiões onde há a doença, também é importante para se prevenir”, ressalta o médico.
A orientação dos especialistas é ficar atento aos sintomas que podem ser semelhantes ao da Covid-19, com a exceção do surgimento de bolhas e feridas na pele.
Diante da evolução do número de casos, o Ministério da Saúde está fazendo a aquisição 55 mil doses de vacinas para barrar a proliferação do vírus.
“Os grupos de riscos são os imunossuprimidos, crianças menores de três anos, e já temos registrado no Brasil três casos de crianças e gestantes”, lembra o médico.