O projeto do Ministério Público que selecionou o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina (CTQ-HU) para ações com foco no bem-estar dos profissionais tem gerado resultados positivos. É o Reconectar, que está presente em outros 99 hospitais pelo país.
A ideia é buscar soluções a partir de apontamentos feitos pelos próprios colaboradores. “Com medidas básicas, a gente consegue resolver problemas que muitas vezes acabam deixando a equipe desanimada, triste, pelo próprio processo de trabalho. A gente tem tentado deixar o profissional de saúde mais alegre e reduzir o estresse psicológico”, disse a enfermeira chefe, Elisângela Flauzino Zampar.
O projeto está na segunda e última fase. Os116 profissionais da unidade, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e trabalhadores de higiene, tiveram que responder a uma pergunta: o que importa pra você? E por incrível que pareça, salário não estava no topo da lista. Em primeiro lugar, apareceu melhoria nas condições de trabalho.
O grupo todo divide o peso das 24h de atendimento especializado no CTQ, que é o único do interior do estado. São 16 leitos, com lotação sempre acima da capacidade. Além dos pacientes que seguem em acompanhamento dentro e fora do HU.
A fisioterapeuta Cristiane Travensolo tem 7 anos de CTQ. Ela contou que já trabalhou em outros hospitais e garantiu: a responsabilidade na unidade é maior. “O nosso trabalho aqui é de uma reabilitação global, no sentido de manter a parte respiratória e também a parte motora dos pacientes”, afirmou.
É preciso profissionalismo e empatia. Os profissionais lidam todos os dias com a dor, seja dos pacientes ou da família. Conforme a diretoria, esse é o setor com maior rotatividade dentro do HU, o que prejudica o andmento dos trabalhos.