Ciência e saúde

Saúde faz coleta de preventivos em mulheres na Carceragem Feminina de Londrina

13 out 2021 às 21:19

A Secretaria Municipal de Saúde está promovendo uma ação em prol da saúde da mulher com as detentas na Cadeia Pública Feminina de Londrina. A iniciativa inclui a realização de exames de citologia oncótica (Papanicolaou), para detecção precoce de câncer de colo uterino, solicitação de exames, como de ultrassonografia e mamografia, de acordo com a necessidade das usuárias, e teste rápido para rastreio de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV, Hepatites B e C e Sífilis.

A ação é realizada pela equipe do Consultório de Rua, em parceria com a Residência de Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). A iniciativa começou na semana passada, em 5 de outubro, quando foram atendidas 21 mulheres. O atendimento ocorre uma vez por semana, sempre às terças-feiras, das 7h30 às 12h30.

Para atender as mulheres, foi montada uma estrutura com dois consultórios no distrito. Ao todo, a programação é atender cerca de 180 mulheres, até o dia 26 de outubro, com a possibilidade de extensão da ação até contemplar todas as mulheres detidas. O objetivo é fazer diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis e detecção precoce dos cânceres de mama e de colo do útero.

A coordenadora de Saúde da Mulher na Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Priscila Alexandra Colmiran, explicou que a ação representa uma oportunidade para que estas mulheres recebam cuidado e informações para se cuidarem de forma mais continua e programada. “Muitas vezes estas mulheres, antes de estarem detidas, viviam em situação de vulnerabilidade e de exposição a situações de risco. Soubemos, inclusive, de dois casos recentes de câncer de colo uterino, com uma das pacientes evoluindo para óbito, na Carceragem Feminina”, contou.

Colmiran destacou ainda que a detecção precoce dos cânceres é fundamental, pois quando detectados em estágio inicial têm alta chance de cura, em torno de 90%. E no caso das ISTs, possuem tratamento e a maioria delas tem cura. A ação faz parte da programação do Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.