A superintendente do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Vivian Feijó, afirmou em entrevista ao Primeira Hora que medidas restritivas devem ser tomadas na questão da mobilidade urbana.
Ela lembrou que há três semanas, capacidade de atendimento está acima de 100% e não existe mais leitos de Covid exclusivos e não Covid.
"Antes, nós dizíamos que o serviço de Saúde pode colapsar, hoje, podemos afirmar que a rede de atenção e saúde da nossa cidade e região está colapsada. Tendência na diminuição da qualidade da assistência porque onde cabe 10, tem 18, onde cabe 15, tem 30. É impossível manter a mesma presteza, atenção e cuidado", desabafou.
Ela ainda questionou a que ponto o sistema de saúde precisa chegar para que medidas mais restritivas sejam tomadas. "Ninguém está falando em lockdown, mas em medidas restritivas como a questão da mobilidade urbana", afirmou.
Feijó ainda citou que antes, um leito de UTI era disponibilizado em até 24 horas, mas agora, a média para região é de uma espera de 3,6 dias. Além da escassez do leito, hospitais da região já estão ameaçados com a ausência de medicamentos extremamente essenciais.
Ela ainda rebateu as "fake news" que afirmam que os hospitais recebem recursos pelas mortes por coronavírus e classificou as mentiras como desumanas e falta de respeito com os profissionais que estão na linha de frente.
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