Ciência e saúde

UEL vai utilizar o serviço de telessaúde para estudantes com sintomas de Covid-19

28 jan 2022 às 18:38

O Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), vai utilizar o serviço de telessaúde com o aplicativo Saúde Online Paraná para o atendimento de estudantes e servidores das universidades estaduais do Paraná, a partir de fevereiro. O segundo semestre letivo de 2021 começou na última segunda-feira (24) na Universidade Estadual de Londrina (UEL), mas ainda com a maioria das atividades à distância. 

Dos 12,5 mil estudantes,  1.449 já voltaram presencialmente e outros 2,9 mil devem retornar no dia 31. A universidade optou pela retomada gradual, com previsão de aulas 100% presenciais em março. A situação será reavaliada no dia 8 de fevereiro.

Considerando o retorno das aulas presenciais, o objetivo é evitar a sobrecarga nas unidades de saúde, nos municípios onde estão localizados os campus universitários. Além de consultas médicas para pacientes com sintomas de Covid-19, o aplicativo vai contemplar o acolhimento psicológico desse público. O app estará disponível para os sistemas Android e iOS.

Nesta sexta-feira (28), um grupo de alunos se reuniu em frente à reitoria da Universidade Estadual de Londrina para uma manifestação para cobrar o retorno das aulas presenciais e passaporte da vacina.  Eles utilizaram cartazes para expressar os pedidos e a indignação. 

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destaca a importância da solução tecnológica no cenário pandêmico do novo coronavírus, observando inclusive o crescimento dos índices de contágio pela variante ômicron.

“Como os sintomas atuais são mais leves, em razão da vacinação da população e das características da variante ômicron, que afeta mais o trato respiratório superior, o atendimento online vai proporcionar guarida às suspeições de contágio, permitindo os afastamentos necessários”, afirma.

Bona sinaliza que o retorno das atividades presenciais nas instituições estaduais de ensino superior implica em um aumento na dinâmica de deslocamentos das pessoas, inclusive entre municípios e regiões, uma vez que alguns alunos viajam diariamente para assistir aulas em cidades diferentes das que residem.

EXPERIÊNCIA – O serviço de telessaúde do Paraná foi desenvolvido em etapas. Em abril de 2020, em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), foi disponibilizado à população o app Telemedicina Paraná.

Em novembro de 2020, a tecnologia foi substituída pela plataforma SaúdeOnline Paraná, com novas funcionalidades para o acompanhamento clínico dos pacientes.

Idealizado pela Seti e coordenado pela UEL, o projeto integrou uma série de medidas governamentais para o enfrentamento da crise epidemiológica. O serviço contribuiu para desafogar as unidades de saúde, evitando aglomerações e deslocamentos.

Ao longo de 18 meses, médicos, enfermeiros, psicólogos, professores e estudantes das sete universidades estaduais do Paraná atuaram em diferentes etapas de atendimento da plataforma digital. Ao todo, o aplicativo viabilizou mais de 40 mil atendimentos, entre consultas médicas, de enfermagem e acolhimentos psicológicos.