Toda vacina, independentemente da marca ou laboratório, é importante, o que não quer dizer imunização de 100%, é o que dizem os especialistas. É como se fosse um treinamento para o nosso sistema imunológico para ajudar na defesa contra o vírus. No caso da Covid-19, evitar formas graves da doença e a necessidade de internação.
“Esse é um comportamento universal, do sistema imunológico, que um percentual já conhecido em torno de 5% de vacinados acaba não desenvolvendo a imunidade que a gente espera”, disse o epidemiologista Flávio Muzzi Sant'Anna.
O médico esclarece ainda que, quanto maior a exposição ao vírus, maior o risco. É o caso dos profissionais de saúde. “Em ambientes muito fechado ou que tenha alguém naquela fase mais crítica de transmissão, a chance do sistema imunológico não dar conta num primeiro momento é maior”, explicou Sant'Anna.
Patrícia dos Santos Diesel e Caroline Marques são enfermeiras e trabalham no Pronto-socorro do Hospital Universitário. Elas receberam a segunda dose da vacina em fevereiro e, mesmo assim, testaram positivo em maio. “Eu tive sintomas leves, gripais. Se enquadram nos sintomas suspeitos de Covid, o que levou a fazer um exame e deu positivo”, explicou Patrícia.
As duas estão totalmente recuperadas e acreditam que a vacina teve um papel importante. “A gente não tem como garantir que sem a vacina eu não estaria conversando com vocês, bem e sem sequelas”, disse Caroline.
E ainda, mesmo após a segunda dose ou a dose única da vacina, é preciso manter os cuidados de prevenção. “As pessoas se vacinem para a gente só ter que lidar com pequenos surtos e daqui uns meses se ver livres de uma vez por todos dessa ameaça”, disse Sant'Anna.