O serviço de videochamada oferecido pelo Hospital Universitário de Londrina já realizou mais 1.250 ligações. É uma maneira de suprir as visitas suspensas pela restrição durante a pandemia da Covid-19.
O trabalho dos voluntários do serviço de acolhimento veio encurtar a distância entre os pacientes internados, que aguardam ansiosos por notícias do lado de fora. No início, os servidores, comovidos com a sensação de abandono de quem não podia falar com a família, chegaram a usar o próprio celular para aliviar a saudade.
Lisiane Freitas é professora da UEL e quando ficou sabendo do programa decidiu ser voluntária. “A princípio era para ficarmos 30 dias, eu já estou aqui há seis meses, porque é um serviço de muito afeto e acolhimento”, disse.
A chamada de áudio é realizada mesmo com pacientes em coma e, nesse caso, também há exemplos de que a comunicação teve resultado positivo. “O caso mais marcante é de um bebê de um mês que a hora em que o pai começou a chamar, o bebê acordou e começou a procurar o pai e a mãe. Outro caso é de um jovem sedado, o pai mandou um áudio lindo e no meio do áudio o filho começou a mexer os dedos e acordar”, disse a coordenadora do serviço de acolhimento, Aparecida Ramalho.
Mesmo quando não há cura, o trabalho dos voluntários que realizam as vídeo chamadas não é em vão. Foi através dele que alguns pacientes, tiveram a oportunidade de se despedir das pessoas amadas.