Cotidiano

Empreendedoras de Lerroville produzem aventais hospitalares

23 ago 2020 às 13:50

As empreendedoras de Lerroville, formadas por costureiras pelo Curso de Costura Industrial ofertado pela Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda (SMTER) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário do Paraná (Sivepar), com apoio do Sinduscon, estão produzindo aventais hospitalares que serão utilizados por profissionais de saúde no combate ao coronavírus. As peças fazem parte dos diversos produtos que são fabricados integralmente no distrito e comercializados pelas costureiras, gerando renda e trabalho no distrito.

O grupo Retraço Novo é composto por alunas que aproveitaram a capacitação promovida pelo  Município para transformar as novas habilidades em profissão. Com o ofício aprendido, quatro das 17 alunas que fizeram o curso se organizaram e juntas formalizaram para atender ao público. Entre as primeiras produções estavam estojos, bolsas, camisas e outros itens que foram comercializados no próprio distrito, mas as empreendedoras têm expandindo cada vez mais seus horizontes.

O negócio vem tomando corpo e já está recebendo grandes encomendas. Durante o período de enfrentamento ao coronavírus, essa é a segunda grande entrega que realizam de insumos voltados para o combate à pandemia. Somente na  remessa que foi entregue nesta sexta-feira, o grupo produziu mais de seis mil aventais. Além disso, ainda no início da pandemia, quase três mil máscaras foram confeccionadas para serem utilizadas em uma empresa de Londrina. Quem quiser entrar em contato para conhecer mais do trabalho das costureiras e fazer suas encomendas pode mandar mensagem para o número (43) 99941-1092.

Gislaine Mainardes é uma das costureiras e a líder do grupo. Para ela, o curso foi essencial para que as oportunidades surgissem. “Quando entrei no curso eu não sabia ligar uma máquina. Hoje nós já temos até o conhecimento para reparar as máquinas e produzir as mais variadas peças. O curso abriu as portas para que pudéssemos empreender. No começo tivemos dificuldades, como todo novo negócio, mas também tivemos apoio e contamos com o assessoramento da professora Bianca em todas etapas e até hoje. Hoje nós custeamos nossas despesas, temos um espaço alugado, já compramos equipamento para o ateliê e atendemos todos os tipos de público. O objetivo do Retraço Novo é utilizar a sustentabilidade, aproveitar materiais e fazer o uso inteligente da costura, sempre buscando aprender e melhorar.”, contou.

O secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Elzo Carreri, destacou a capacidade do grupo produtivo. “Acompanhamos de perto esse projeto e temos visto uma evolução impressionante nos artigos. As meninas se aprimoram a cada dia e a qualidade do serviços entregue só aumenta. Temos um carinho muito grande por essa turma, que foi a primeira que formamos com esse projeto. Já levamos o curso para Guaravera e estávamos finalizando os detalhes para começar a turma de Paiquerê quando o novo coronavírus interrompeu nossos preparativos. Sabemos que esse curso pode ter mudado a perspectiva de vida de algumas das alunas e ficamos extremamente orgulhosos ao vê-las prosperando”, parabenizou.

O secretário lembrou também de todas as costureiras que se formaram nas turmas de Guaravera e Lerrovile. “Esse grupo que tem gerado renda e está trazendo trabalho para dentro do distrito é a cereja do bolo do projeto e um grande exemplo para que mais costureiras se profissionalizem, mas também temos ótimos depoimentos de alunas que estão utilizando os conhecimentos do curso no dia a dia. São mulheres que hoje fazem roupas para a família, realizam pequenos reparos, têm confiança para tentar coisas novas e, mesmo que não produzam em grande escala, aplicam os ensinamentos que tiveram no curso. Esses relatos também são motivos de a Secretaria ter a certeza de que o projeto é uma excelente ferramenta de transformação”, pontuou.


Com N.Com