Cotidiano

Grande demanda por delivery gera reflexos na contratação de novos profissionais

08 abr 2021 às 16:57

O serviço de entrega delivery continua sendo a opção mais segura e confiável de receber as compras em casa, neste momento de agravamento da pandemia. Para se ter uma ideia do quanto o delivery conquistou os brasileiros, somente em 2020, os gastos com a modalidade cresceram 149%, segundo dados da Mobilis, startup de gestão de finanças pessoais. Dezembro foi o mês que registrou mais gastos com delivery, 187%, se comparado a março, quando iniciou a pandemia.

Nas farmácias, o cenário também é de crescimento. O segmento que costumeiramente já tinha o delivery nas operações, teve crescimento de 106% entre janeiro e junho do ano passado em relação ao mesmo período de 2019. Mais um salto que impulsionou o faturamento do setor e disparou o alerta para a necessidade de contratação de novos profissionais para suprir a demanda cada vez mais crescente.

“Em geral, os comerciantes têm três opções de contratação: profissional autônomo, funcionário interno ou uma empresa de motoboys que terceirizam o serviço. Mas antes de partir para esta escolha, o lojista precisa ter conhecimento do seu gargalo de venda. Recomendo que no início, a farmácia comece com entregas terceirizadas – os freelancers – pagos por dia. Depois que sentir qual é o volume de entregas, buscar o tipo de contrato que melhor se adeque ao estabelecimento”, explica o diretor de marketing da startup MyPharma, Carlos Henrique Soccol.

Tipos de contratação

A terceirização do serviço de entrega requer custos fixos mensais. É necessário que o lojista tenha em mente quais são esses custos e se eles não serão maiores que o lucro obtido com as vendas. Para isso é importante traçar estratégia de delivery, oferecendo melhor taxa de entrega e estimulando clientes a consumirem mais.

“Vale ressaltar que mesmo a procura por profissional terceirizado da farmácia, o lojista deve buscar por pessoas qualificadas, com boa comunicação para atender de forma coerente a clientela e evitar problemas futuros”, orienta o diretor da MyPharma.

Já no caso de admissão do novo profissional, os mesmos modelos dos demais colaboradores da farmácia devem ser seguidos. O lojista deve observar a relação de documentos necessários para contratação e segui-la rigorosamente. Durante o processo de entrevista, é importante avaliar o perfil dos candidatos e se enquadram no perfil da vaga. Outra dica interessante é realizar testes de paciência, calma e simpatia, pois são características básicas e necessárias para o entregador de farmácia.

“Um funcionário interno cria vínculos com os demais profissionais da farmácia, conhece a rotina da farmácia e os produtos e fica à disposição da empresa durante seu horário de trabalho. É essencial que o lojista fique atento ao fluxo das entregas, se for muito intenso, será necessário contratar mais de um profissional para dar conta do volume das entregas”, acrescenta Carlos.

Nas situações em que o lojista não consegue optar por nenhuma das opções anteriores, a contratação de uma empresa de serviços de entrega é uma alternativa. Mas segundo Carlos, alguns pontos importantes devem ser observados.

“É preciso procurar empresas que atuem de forma moderna e especializada que se preocupem em facilitar as entregas com uso de tecnologias e qualidade garantida. Um exemplo é a empresa SODE, uma plataforma digital que promove conexão entre estabelecimentos e motoboys. Procure por empresas que ofereçam qualidade no serviço prestado e não terá arrependimentos”, conclui o diretor de marketing da MyPharma.

Em qualquer das situações ofertar o delivery é fundamental para aumentar o ticket médio. Oferecer ao cliente a possibilidade de receber sua compra em casa, principalmente neste período de restrições da pandemia, pode representar crescimento na retenção dos clientes e fidelização, o que são pontos positivos para as empresas e, em certos casos, servirem como diferenciais para influenciar na compra do cliente.

Fonte: Pro.zza