Cotidiano

Prefeitura já notificou Sanepar mais de 50 vezes por buracos na cidade, diz secretário

20 abr 2022 às 14:22

Um levantamento feito pelo vereador Emanoel Gomes mostrou que cerca de 200 crateras em obras da Sanepar ficaram abertas durante mais de 45 dias em Londrina, sendo que o prazo para tapar as aberturas é de três dias úteis. Na segunda-feira (18), participaram de uma reunião representantes do município, da Sanepar e da ESAC, a empresa terceirizada responsável pelos trabalhos, para discutir o problema e buscar soluções.

Gomes contou que foi acordado na reunião que a companhia de saneamento daria uma resposta até esta quarta-feira (20) sobre como eles resolveriam a situação. De acordo com o vereador, a empresa terceirizada já tem problemas em outros estados. "Essa terceirizada não pode participar de licitações em outros estados. A Sanepar tinha que ter visto isso", disse Gomes.

Prestadores de serviços da ESAC chegaram a paralisar os trabalhos na semana passada por falta de pagamento.

Só nos últimos dias, a Prefeitura alega ter dado à Sanepar mais de 50 notificações por reparos não realizados, por atrasos ou serviços mal feitos na cidade. Diante disso, já se estuda a possibilidade de punições e até o rompimento do contrato. “De acordo com denúncias, a empresa terceirizada está devendo em postos de combustíveis, para o dono do barracão utilizado para guardar o maquinário e além disso ela ‘quarteirizou serviço’, o que é ilegal. Então nossa equipe está debruçada sobre o contrato com a Sanepar e, eventualmente, se não for deixado claro o que está acontecendo e os serviços voltarem a ser prestados com a qualidade e celeridade que nós necessitamos, nós vamos partir para rompimento desse contrato”, disse o secretário municipal de planejamento, Marcelo Canhada.

Para a prefeitura, é um contrato caro que não vem sendo cumprido integralmente. “O município não tem nenhum tipo de relação com essa empresa terceirizada que veio não sei de onde, ninguém conhece o diretor da empresa, não tem ninguém em Londrina que fale pela empresa é um descaso absoluto. Nosso contrato é com a Sanepar e ela tem que se mexer", declarou Canhada.

A Prefeitura deu o prazo de duas semanas para a normalização dos serviços.

A Sanepar informa que está tomando as medidas necessárias para resolver o problema.