Cotidiano

Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio cria grupo para acolher mulheres vítimas de agressão

09 mar 2022 às 13:14

A 2ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio criou o Grupo Renascer, para acolher mulheres vítimas de violência doméstica. O primeiro encontro foi realizado na última terça-feira (8), data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

A cada encontro serão realizadas rodas de conversa com a escolha de um tema que será debatido com as participantes, e o espaço será aberto para que as mulheres possam falar sobre sua situação de violência, esclarecer dúvidas em relação ao que fazer diante do problema e expor suas necessidades, como ajuda psicológica, emprego, cursos profissionalizantes. Essas demandas receberão o encaminhamento necessário pelos representantes das instituições municipais participantes do Renascer.

“O objetivo do grupo é tentar devolver a essas mulheres tudo aquilo que a dependência do agressor tirou delas. Como o próprio nome do projeto diz, a ideia é possibilitar o renascimento de mulheres vítimas de violência após o relacionamento abusivo, ajudando-as a se tornarem protagonistas da própria vida”, afirma o promotor de Justiça José Paulo Montesino da Silva, responsável pela iniciativa e palestrante da primeira reunião. “Queremos mostrar que elas não estão sozinhas e que podem contar com um lugar seguro, onde se sintam acolhidas para pedir ajuda.”

De acordo com José Paulo, o encontro contou com a participação de cinco mulheres, selecionadas pela Promotoria por meio de um levantamento de medidas protetivas aplicadas em 2020 e 2021. Foram escolhidos os casos mais complexos, em que as vítimas convidadas necessitavam de um atendimento mais personalizado.

No primeiro ciclo do Renascer estão previstas oito rodas de conversa no total, a serem realizadas a cada 15 dias. Para as reuniões, serão convidados palestrantes diferentes. O assunto escolhido na inauguração do grupo foi a história da violência doméstica no Brasil e a realidade de Cornélio Procópio. Os próximos temas serão guarda e pensão e abuso psicológico.

A iniciativa conta com a parceria da Defensoria Pública, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, Centro de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), entre outros órgãos municipais.