Economia

Batata é a vilã da cesta básica em 2020; alta geral foi de 27%

05 jan 2021 às 10:00

O valor da cesta básica de dezembro apresentou alta de 4,5 % na comparação com o mês anterior. Quando é levado em conta o ano de 2020, o consumidor sentiu no bolso um aumento de 27,4%.

A batata foi o produto que registrou a maior alta de preços. No início de janeiro de 2020, o preço médio do quilo era de R$ 2,80. Em dezembro, o valor saltou para R$ 5,82. Aumento de 108%, seguido do óleo de soja com alta de 87,7% no mesmo período.

O arroz também o momento de alta. Ele foi considerado o símbolo da inflação de preços dos alimentos, mas na média, subiu 65,4%. O valor passou de R$ 12,40 o pacote de 5 Kg em 01/01/20 para R$ 20,58 em 01/12/20.

A carne, item que mais pesa no valor da cesta, fez o consumidor pensar em alternativas. O preço de referência o coxão mole bovino era, em média, R$ 19,65 no início de janeiro e chegou a R$ 31,72 em dezembro.

O estudo do valor da cesta básica, com 13 itens, é feito todos os meses nas 11 redes supermercadistas que atuam em Londrina. A iniciativa é uma parceria em UTFPR e UEL. 

Inflação
A pesquisa aponta que em janeiro de 2020, o salário mínimo comprava 2,66 cestas. Sem aumento nos preços seriam 31,92 cestas ao longo do ano. Mas com a inflação mensal foi possível comprar menos, 29,66 cestas. Isso representa uma perda real de poder aquisitivo de 7,07%, ou seja, de um trabalhador que ganha R$ 1.045,00 ao mês. A inflação tomou dele R$ 886,41.
Segundo o estudo, se for considerada apenas a inflação da cesta básica, para igualar o poder de compra do salário de janeiro de 2020 este precisaria então ser de R$ 1.302,29 em janeiro de 2021. Porém, a previsão é que chegue a R$ 1.100,00. Ou seja, o trabalhador entra em 2021 15,5% mais pobre que em 2020.