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Bolsas da Europa fecham em baixa após sinais mistos de Draghi, do BCE

25 jul 2019 às 14:40
Por: Estadão Conteúdo

As principais bolsas europeias fecharam a sessão em queda. Os mercados chegaram a ganhar força após as sinalizações do Banco Central Europeu (BCE) de disposição ao relaxamento da política monetária, mas as declarações do presidente da instituição, Mario Draghi, levantaram dúvidas e esfriaram os pregões. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,56% para 389,52 pontos.

Na manhã desta quinta-feira, 25, o BCE divulgou sua decisão de manter as taxas de juros nos níveis atuais, mas anunciou a alteração de seu guidance, admitindo o cenário de juros mais baixos até 2020, e reforçou a preocupação com as medidas de inflação, que vêm sendo registradas e projetadas persistentemente abaixo da meta.

Além disso, em seu comunicado, o órgão informou que acionou comitês do sistema do euro para avaliar opções como a retomada do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), o desenho de um sistema de camadas para remunerar os bancos por depósitos junto à autoridade monetária e a implementação das Operações de Refinanciamento de Prazo Mais Longo Direcionadas (TLTROs, na sigla em inglês) para melhorar condições de crédito a pequenas e médias empresas.

No entanto, os sinais emitidos por Draghi após a divulgação do comunicado foram mistos e trouxeram incertezas sobre os próximos passos do BCE. Em coletiva de imprensa, o presidente da entidade admitiu que a perspectiva para a zona do euro está "piorando mais e mais" e reconheceu a necessidade de um "volume significativo" de estímulos para a região. Por outro lado, ele declarou que os dirigentes do BCE não discutiram alterações na política monetária e que não vê "desancoragem" das expectativas de inflação, que se encontram em recordes de baixa.

As incertezas sobre o futuro da política monetária europeia pesaram sobre as bolsas nesta quinta-feira. Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,17%, aos 7.489,05 pontos, enquanto o índice CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,50% para 5.578,05 pontos.

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Na Alemanha, os pregões foram ainda pressionados pela leitura fraca do índice de sentimento das empresas do instituto Ifo, que caiu de 97,5 para 95,7 pontos e frustrou previsões de analistas. O índice DAX da bolsa de Frankfurt registrou baixa de 1,28%, aos 12.362,10 pontos.

Para analistas do Danske Bank, já existe a certeza de que o BCE irá agir para relaxar a política monetária, mas a falta de detalhes sobre as medidas decepcionou os mercados, que continuarão especulando sobre a composição dos estímulos. "Enquanto Draghi afirmou a necessidade de forte acomodação por um período prolongado, ele se manteve deliberadamente vago sobre o quê, quando e como a política será alterada", avalia o banco.

O Commerzbank, por sua vez, projeta que o BCE deve reduzir a taxa de juros de depósito em 20 pontos-base em setembro, além de retomar a compra de ativos líquidos a um volume em torno de 40 bilhões de euros por mês. "Contudo, os efeitos deste corte de juros dependem da estrutura do sistema de camadas, que é difícil de ser prevista", afirma o economista-chefe do Commerzbank, Jörg Krämer.

O dia também foi negativo na bolsa de Madri, com queda de 0,43% do índice Ibex 35, aos 9.289,90 pontos, em meio às tensões políticas internas após a derrota do premiê espanhol Pedro Sanchez no voto de confiança do Parlamento nesta semana. Na bolsa de Milão, o índice FTSE MIB caiu 0,80% para 21.903,29 pontos, enquanto o índice PSI 20, da bolsa de Lisboa, sofreu retração de 0,43%, aos 5.180,80 pontos.

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