Economia

Dólar volta a subir e supera os R$ 5,90 após resultados nos EUA e anúncio de Gleisi Hoffmann

28 fev 2025 às 19:28

O dólar fechou, nesta sexta-feira (28), a R$ 5,91 devido a dados da inflação de janeiro nos Estados Unidos, a espera de novos anúncios da política tarifária de Donald Trump e o bate-boca entre o presidente norte-americano e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia. A alta também veio após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar a deputada federal Gleisi Hoffmann para assumir a Secretaria de Relações Institucionais.


A moeda norte-americana abriu a manhã em alta em comparação ao dia anterior, chegando a R$ 5,893 ante R$ 5,8293 de quinta-feira (27). O valor a vista fechou em R$ 5,9165 - maior cotação desde 24 de janeiro.


Dados do Escritório de Análises Econômicas do Departamento do Comércio dos EUA mostram que os gastos dos consumidores caiu 0,2% em janeiro. Apesar de o resultado ter recuado, isso pode indicar uma pressão para o Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano) a manter sua taxa básica de juros alta.  


Além disso, o país vive um receio causado pelas decisões de Trump de taxar importações de outros países, o que gera uma preocupação de aumento de preços nos EUA e dificulta manter a meta de inflação a 2%.


O presidente norte-americano voltou a falar sobre o assunto na quinta (27) e disse que pretende impor taxas de 25% sobre todos os produtos importados da União Europeia que chegam ao país.


Nesta tarde também houve, durante encontro no salão oval da Casa Branca, um debate acalorado entre Trump e Zelensky. O presidente ucraniano foi a Washington com a expectativa para assinatura do acordo para exploração de minerais na Ucrânia. 


Zelensky disse a Trump que não se pode confiar nas promessas de paz de Vladimir Putin, observando o histórico de promessas não cumpridas do líder russo. Trump disse que Putin não quebrou acordos com ele. 


"Você precisa ser mais grato", disse Trump a Zelenski. Ele disse que o líder ucraniano está "apostando com a Terceira Guerra Mundial".


Outro fator para a oscilação da moeda foi o anúncio de Gleisi Hoffmann no lugar de Alexandre Padilha. A confirmação ocorre após uma reunião de Lula com a deputada federal. Ele a convidou para assumir o cargo e substituir Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde, substituindo Nísia Trindade. 


A posse da nova ministra está marcada para 10 de março. Gleisi chegou a ser cotada no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, cargo hoje ocupado por Wellington Dias.