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Governo aperta regras de cursos para servidores

17 fev 2020 às 16:59
Por: Estadão Conteúdo

Um gasto de R$ 3,5 bilhões anuais em formação e especialização dos servidores entrou na mira do governo. A meta não é reduzir, mas otimizar a despesa e garantir que o investimento vai atender à demanda da administração pública.

O governo criou a Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP) e vai trabalhar num mapeamento da demanda dos órgãos por cursos e especializações. A partir daí, será elaborado um plano de ação para garantir a oferta da formação, com foco nas próprias escolas de governo ou com contratação externa.

Atualmente, existe a figura da "licença capacitação", como é chamado o período de afastamento de até 90 dias a que o servidor tem direito a cada cinco anos como efetivo.

A licença pode ser utilizada para cursos variados, inclusive na modalidade à distância, mas agora seguirá critérios como carga horária mínima de 30 horas semanais e precisará estar aderente às necessidades do órgão. O cumprimento dessas exigências precisará ser comprovado em documentos.

"É um período de afastamento em que ele (servidor) mantém a remuneração, então é um investimento público que está sendo feito. Portanto, precisa estar aderente ao interesse do empregador, que é o governo federal", diz a secretária-adjunta de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Flavia Goulart.

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Antes da nova política, nem sempre a formação escolhida pelo servidor era útil ao governo. Além disso, alguns órgãos não estipulavam carga horária mínima, o que abria brechas para cursos com pouca densidade de conhecimento. Há relatos de funcionários que aproveitavam a licença para fazer cursos de idiomas, o que, segundo Flavia, nem sempre é essencial à função exercida por ele. Há ainda histórias de quem se afastou para estudar e foi flagrado em viagens no exterior.

"A maior parte dos servidores não faz isso, mas tem algumas pessoas que abusam", diz a secretária-adjunta.

Despesas

Por ano, o governo gasta cerca de R$ 2 bilhões em remunerações de servidores que se afastam para cursar mestrado ou doutorado (a partir de uma seleção interna que agora seguirá regras padronizadas) e mais R$ 1,5 bilhão em licenças para capacitação, contratação de cursos e gratificações para funcionários públicos que dão aulas.

"A gente quer ter certeza de que cada real que está aí dentro seja investido da melhor forma possível, para que o cidadão seja bem atendido e o servidor se sinta preparado e apto para fazer o melhor serviço possível", diz Flavia.

A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) será a partir de agora o órgão central que concentrará essas informações e servirá de referência para cursos "transversais", ou seja, formações que são comuns a diversas áreas de atuação (como gestão de pessoas). As demais escolas passarão por um processo de enxugamento, preservando aquelas com cursos específicos para suas áreas, como o Instituto Rio Branco (diplomacia) e a Academia Nacional de Polícia (ligada à Polícia Federal).

"Tem pelo menos 29 escolas de governo, mas algumas não são escolas, mas sim plataformas de contratações de desenvolvimento de pessoal. Cada órgão ter a sua plataforma pode ser ineficiente, redundante", afirma o presidente da Enap, Diogo Costa.

Em 2019, a Enap formou 16,5 mil servidores em cursos presenciais e teve 390 mil concluintes em cursos à distância. A expectativa é que esse número aumente com a centralização da política de formação de pessoal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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