O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista nesta terça-feira (08) que o horário de verão só retornará em 2024 se for imprescindível. Um dos motivos que podem levar ao retorno do horário é se as chuvas ficarem abaixo do esperado, prejudicando a produção de energia.
O prazo para a tomada de decisão sobre a volta do horário de verão já foi prorrogado. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a medida, e o prazo indicado pelo ministro era de 10 dias, vencendo no último dia 29 de setembro. Até agora, não houve uma definição.
Segundo um estudo do ONS, o horário de verão poderia gerar uma economia de 400 milhões de reais já em 2024, podendo aumentar para 1,8 bilhão por ano até 2026. Isso ocorre porque o adiantamento dos relógios aumenta o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%.
Essa mudança na finalidade do horário de verão é significativa: se antes ele era eficaz para economizar energia, agora é uma alternativa para otimizar a geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Isso acontece porque as usinas solares e eólicas dependem da incidência do sol e da velocidade do vento, que nem sempre são regulares.