Os juros futuros terminaram a sessão regular perto dos ajustes anteriores nos contratos de curto prazo, enquanto as taxas longas fecharam em alta. As taxas de vencimento até 2020 pouco oscilaram nesta terça-feira, 31, refletindo o compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira, 1, para a qual é amplamente esperada a manutenção da Selic em 6,50%, e a agenda sem força para mexer com as expectativas. Já os longos foram influenciados pela cautela que antecede as decisões de política monetária nos Estados Unidos e Inglaterra nesta semana e pelo avanço do dólar.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,620%, de 6,627% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2020 fechou em 7,89%, ante 7,91% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 passou de 8,90% para 8,92% e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 10,30% para 10,36%. A taxa do DI para janeiro de 2025 avançou de 10,90% para 10,98%.
Das 62 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas aguardam que o Copom mantenha inalterado o patamar da Selic em 6,50%. Na curva de juros, a precificação também mostra concentração das apostas nessa possibilidade.
Com relação ao Federal Reserve, a expectativa é também de estabilidade dos juros, na faixa entre 1,75% e 2,00%. Mas analistas acreditam que a instituição deve ressaltar pontos do comunicado anterior, como a inflação nos EUA confortável ao redor da meta de 2,0%; que o mercado de trabalho, mesmo apertado, continua a evoluir; e que o desempenho da atividade está robusto, apontam economistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra deve, na percepção dos analistas, elevar a taxa de juros de 0,50% para 0,75%. Nesta terça-feira, o Banco do Japão manteve a taxa de depósito em -0,1%, mas anunciou ajustes em sua política, pois permitirá que o juro do bônus de 10 anos do Japão (JGB, na sigla em inglês) flutue a até 0,20%, de uma meta de até 0,1%. O mercado esperava que o limite de flutuação pudesse se estender até 0,25% e, com isso, houve alívio nos juros pelo mundo.
O dólar tem alta generalizada ante as demais moedas, ditada por indicadores positivos da economia americana divulgados pela manhã. No Brasil, a moeda no segmento à vista subia 0,63%, aos R$ 3,7529, às 16h40. Nas ações, o Ibovespa recuava 1,33%, aos 79.239,59 pontos.