Economia

‘Tarifaço’ de Donald Trump pode abrir mercados para o Brasil; entenda

05 mar 2025 às 08:32

Os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura e pecuária já buscam novos mercados diante do “tarifaço” dos Estados Unidos. Estudos preliminares do governo brasileiro apontam que podem surgir oportunidades com a guerra comercial. Os produtos mais exportados dos americanos para a China, por exemplo, são petróleo, milho, soja e carne suína, itens em que o nosso país é competitivo.


Ao mesmo tempo, há preocupação com o aumento de tarifas para o Brasil no comércio com os americanos. Aço, ferro, alumínio e usinas etanol podem ser afetados. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, já busca contato com autoridades em Washington para negociar.


O governo afirma que a balança comercial é favorável aos Estados Unidos desde 2009. Ou seja: compramos no período quase 90 bilhões de dólares a mais do que vendemos, então, o Brasil não seria uma ameaça aos empregos no país, principal argumento de Trump para elevar os impostos.


Mas no documento enviado pela Casa Branca ao congresso americano, o Brasil é citado como exemplo de "disparidades" e afirma que a tarifa cobrada por aqui em média é de 11%, mas para produtos americanos chega a 31%.